Este blog serve para identificar lugares recônditos do país, tradições, sítios com história, ou simplesmente lugares naturais de uma beleza deslumbrante. Urge preservar esses espaços para as gerações futuras afim de termos orgulho da nossa essência lusitana.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Penela
Etimologicamente, o termo Penela, é, segundo o antiquário Santa Rosa de Viterbo, diminutivo de Peña, Pena ou penha, e significava na Baixa Latinidade, o cabeço, monte ou rochedo.
À História de Penela crê-se estarem ainda associadas as passagens sucessivas dos Vândalos, destruidores da fortaleza construída pelos Romanos; dos Mouros, que tomaram o Castelo de Penela no séc. VIII e das tropas de Fernando Magno (Rei de Leão), tendo a fortificação ficado sob o poder do Conde D. Sesnando, primeiro Governador de Coimbra (depois da Reconquista em 1064), a quem se deve a construção de um forte castelo medieval no interior da fortaleza moura já existente.
O Castelo de Penela, ergue-se sobre um penhasco e é, depois do de Montemor-o-Velho, o mais amplo e forte que resta da linha defensiva do Mondego.Tendo em atenção estudos feitos aos vestígios existentes, é de crer que na origem do Castelo de Penela estivesse um Castro lusitano posteriormente aproveitado pelos Romanos aquando da sua conquista, no século I A. C.
A Igreja de S.Miguel, situada no seu interior, é já o resultado de obras da segunda metade do século XV. Mas o casco medieval de Penela também merece uma visita: por entre o casario pode descobrir-se o Pelourinho Manuelino e a Igreja Renascentista de Stª Eufémia ou o belíssimo Largo da Misericórdia com a sua Igreja. Em Setembro, por ocasião da Feira de S. Miguel, compram-se nozes e mel. Mas na Primavera o queijo do Rabaçal fica, como diria Eça de Queirós, redondo e divino. As tibornadas acompanhadas de um óptimo vinho das Terras de Sicó devem também entrar na ementa.
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