sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pena ( São Pedro do Sul)









Encaixada num vale entre a Serra da Arada e São Macário, a aldeia da Pena só recebe a presença do sol durante 3 curtas horas, no Inverno. Por isso mesmo, gerou um microclima extraordinário que se reflecte no trajecto da sua Ribeira até Covas do Rio. Diz-se que, no tempo em que a aldeia da Pena não tinha cemitério e estrada de acesso, os mortos eram transportados a pé numa urna até à aldeia de Covas do Rio. Numa destas viagens, o individuo que ia na parte de trás a transportar a urna escorregou e esta caiu-lhe na cabeça matando-o. Foi assim que o morto matou o vivo!
Aqui, tudo é feito de xisto pintado numa tela de socalcos verdes, num local que já foi castro romano.

Existe uma lenda que explica o nome da aldeia: Era uma vez uma serpente de 200 metros que vivia numa cova. Quando tinha sede e fome, bebia água da ribeira e ameaçava a vida das pessoas se não lhe fosse dado para comer um boi. Quando já não havia nenhum boi na aldeia, a serpente começou a comer as pessoas tendo elas que deitar sortes para ver qual seria a sua vez de morrer. A aldeia lamentava-se: “Que pena! Que pena!”

N. B. - Muito cuidado para quem vem de automóvel e percorre a estrada de acesso que desce de São Macário para a aldeia. Uma descida abrupta, sem "rails" de protecção, que sofre um desnível de 500 metros, em que só um carro consegue passar num dos sentidos, não sendo aconselhável a quem sofre de vertigens.

Apesar da beleza da aldeia, não posso esquecer a tristeza e o abandono que a Pena tem sito votada.