sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palácio da Pena (Sintra)



Sonho concretizado de D.Fernando II, a quem chamaram Rei-Artista, homem de visão plurifacetada, amador e coleccionador das artes e admirador da história e cultura portuguesas, o Palácio Nacional da Pena é a expressão arquitectónica dos ideais românticos, numa clara homenagem a um património de diferentes épocas, um espaço multifacetado, que se tornou, e também através das suas colecções, um repositório de épocas, estilos e gostos.
Edificado a cerca de 500 metros de altitude, remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885), adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete. Para dirigir as obras, chamou o Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera para construir este notável edifício. O rei consorte adoptou para o palácio formas arquitectónicas e decorativas portuguesas, ao gosto revivalista (neo-gótico, neo-manuelino, neo-islâmico, neo-renascentista) imbuído do espírito Wagneriano dos castelos Schinkel do centro da Europa e na envolvência decidiu fazer um magnífico parque à inglesa, com as mais variadas espécies arbóreas exóticas.
No interior, ainda decorado ao gosto dos reis que aí viveram, destaca-se a capela, onde se pode ver um magnífico retábulo em mármore alabastro atribuído a Nicolau Chanterenne (um dos arquitectos do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa). Merece referência também as pinturas murais em trompe l’oeil e os revestimentos em azulejo.