Neste tempo conturbado, com uma guerra às portas da Europa, nada melhor que lembrar valores universais, humanismo e justiça. O Museu Fronteira da Paz, em Vilar Formoso, é um apelo para que a história nunca se repita, a passagem dos judeus que fugiam aos horrores do Nazismo, ajudados pela hospitalidade do povo português. O cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, emitiu entre 17 e 19 de junho de 1940 muitos milhares de vistos para salvar pessoas das perseguições nazis, contrariando as ordens do Governo de Salazar, situação que o levaria à expulsão da carreira diplomática e a um final de vida na miséria. Vilar Formoso foi a porta de entrada para milhares de refugiados vindos de França e de outros países europeus invadidos pelos alemães, que chegavam de comboio ou de automóvel.