domingo, 25 de dezembro de 2011

Festa dos Rapazes



Também denominada Festa de Santo Estevão (patrono dos jovens) - tendo sido o  calendário litúrgico a colocar o santo no ciclo de Natal -, conforme a localidade onde é efectuda, realiza-se todos os anos nos dias 25 de Dezembro a 6 de Janeiro, participando toda a comunidade com especial destaque para os jovens solteiros da aldeia. Os mascarados representam a desordenação, a transgressão, e nas "loas" comentam sarcasticamente em frente da população acontecimentos praticados por alguns habitantes.

Neste símbolo da região transmontana, em locais como Vale de Salgueiro, Ousilhão, Varge, Babe, Rio de Onor, Parada e Serapicos, o Natal deixa de ser um tempo de família e de casa para passar a ser uma festa do rapaz que se torna adulto, que passa as festas fora de casa. Ao toque das gaitas-de-foles, dos tambores e dos cânticos, acontece uma espécie de rito iniciático tradicional de puberdade, um pouco das regras que irá encontrar em sociedade.

"Pessoal que me ouvis,



bem sabeis o que isto é;


tenho um caso p’ra contar


que diz respeito ao Manuel Zé.




Que diz respeito ao Manuel Zé,


rapaz de muita alegria;


o que havia de fazer


à sua irmã Maria.




À sua irmã Maria,


isto ninguém o adivinha;


ele já andava maluco


com ela e com a sobrinha.




Ele ia para as hortas


fartinho de trabalhar;


elas iam para a taberna


só para se emborrachar"

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Rio Mondego



Um rio aclamado por poetas e compositores, intimamente ligado à história de Portugal. Enquanto as suas águas se fundem com o mar, uma pequena fonte, escondida no alto da Serra da Estrela, continua a assegurar que o Mondego dá vida à sua grande variedade de habitats e de vida selvagem.
''Mondego'' é um documentário realizado por Daniel Pinheiro que retrata a vida selvagem do rio português desde a nascente até à foz. O realizador, nascido em Coimbra e com uma forte ligação ao rio Mondego, quer dar a conhecer a fauna deste ''cantinho do país''. O trabalho foi realizado no âmbito de um mestrado em produção de documentários de vida selvagem na Universidade de Salford, UK. As gravações foram feitas nos meses de Maio e Junho de 2011.
Foram precisas muitas horas de pesquisa e paciência para identificar e encontrar as espécies com maior importância para o rio, como o melro d'água, o tritão ibérico e a salamandra lusitânica. A realização de documentários sobre vida selvagem está a dar os primeiro passos em Portugal e ainda não existem muitos projetos na área. O que é certo é que mesmo para um país pequeno, a riqueza de fauna e flora é abundante e pode ser divulgada ao resto do mundo.

http://www.new4media.net/pt/?id=2432&det=12385

Esta mensagem é uma espécie de prenda natalícia para os meus leitores que apreciam a natureza e a beleza do nosso país. 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Parque Temático Molinológico (Aldeia Natal) - Oliveira de Azeméis



O Parque, situado em Ul, vai combinar a temática da panificação com elementos da tradição natalícia, decorados e animados de forma especial.  Os moinhos de água vão estar transformados num lugar de fantasia e magia para miúdos e graúdos, com a respectiva contribuição das várias casas temáticas e os espectáculos de magia, música e teatro.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mascararte (1 - 7 Dezembro) - Bragança


A coberto da Mascararte, a Bienal de Máscara, será apresentado "o maior diabo alguma vez visto", e que será queimado no fim do evento. Cortejos, rituais, palestras e música vão fazer parte do programa. Será aproveitada a ocasião para inaugurar a sede da Academia Ibérica da Máscara, junto ao Museu Ibérico da Máscara.
A organização pretende ressuscitar a trilogia do diabo, a morte e a censura que antigamente saíam à rua pelo Carnaval e atormentavam quem se cruzasse no seu caminho. O objectivo é o de não esquecer os rituais do nordeste transmontano, nomeadamente esta infernal figura mítica que inspira as festas de Inverno, entre o final  de Outubro e o Domingo Gordo de Carnaval. 




terça-feira, 22 de novembro de 2011

Portugal a Pé


Ao longo de dois anos (Fevereiro de 2008 a Novembro de 2010), Nuno Ferreira calcorreou o país de ponta a ponta, de Sagres a Cevide (Melgaço). O projecto "Portugal a Pé" toma agora a forma de livro e traça um retrato singular de um país quase esquecido, por vezes desconfiado, por vezes hospitaleiro. Um país que por vezes abandona as suas aldeias, enquanto, noutras, alguns lutam pela sobrevivência do seu quotidiano, artes e memória. E mostra um país repleto de belezas naturais e pessoas únicas.

Nuno Ferreira há muito que acalentava a ideia de andar por todo o país. Jornalista, tendo passado pelo "Expresso" ou "Público", já tinha sido premiado pelos seus trabalhos de viagens - casos de "Route 66, A Estrada da América", distinguido pelo Clube de Jornalistas do Porto e menção honrosa da Fundação Luso-Americana, ou "A Índia de Comboio", premiado pelo Clube Português de Imprensa. Pelo meio, outro livro com outras viagens: a partir das histórias de Pedro Faria, motorista de ilustres, escreveu "Ao Volante do Poder". O projecto Portugal a Pé acabará por ter parto natural a partir de uma retórica simples: "Se toda a gente anda a viajar e a escrever sobre todos os cantos do mundo (...), por que não revisitar o interior do meu país a pé e escrever sobre o que vou encontrando?". Pés ao caminho. E, quase sempre, longe de centros urbanos.

http://fugas.publico.pt/Viagens/297081_a-longa-caminhada-de-nuno-ferreira-por-portugal-e-agora-um-livro

Obrigado Nuno, também és uma fonte de inspiração e coragem para que este blogue continue a mostrar o país que permanece desconhecido para muitos portugueses.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

XIII Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais (17 - 20 Novembro) - Alcobaça



O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça convida-nos a viajar pelo tempo para descobrir a origem da doçaria conventual, a essência dos ovos, dos hábitos dos monges e das monjas cistercienses, até que se revelem todos os pormenores escondidos entre as delícias conventuais apresentadas na arte, que em Portugal teve origem no século XV, que consiste na confeção de bolos compostos por grandes quantidades de açúcar e gemas de ovos. Durante muitos séculos essas receitas ficaram no segredo dos deuses, mas com a abertura ao exterior, os segredos foram-se desvendando e hoje, as melhores delícias podem ser degustadas no espaço original da sua confecção. 
Toucinho do céu, barrigas de freira, ovos moles, castanhas de ovos, divina gula, pudim de azeite e mel, pão de rala, papos de anjo, pão-de-ló de Alfeizerão, queijadas, marmeladas, chocolates, bombons, biscoitos e bolachas à sua disposição na Sala dos Monges, Refeitório, Sala do Capítulo e Sala das Conclusões.
http://www.docesconventuais.com/



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré









O santuário de Nossa Senhora de Nazaré, também conhecido como o Santuário do Sítio, está ligado ao do milagre da Virgem a D. Fuas Roupinho, em 1182. Montava D. Fuas Roupinho o seu cavalo quando vê passar um vulto negro e estranho. Pensando ser um veado, perseguiu-o e o animal em desafio passa por ele uma e outra vez, o que desperta mais ainda o seu desejo de o apanhar. A perseguição torna-se feroz até que quando está prestes a apanhá-lo o cavalo pára junto a um precipício, mesmo sobre o mar. O cavalo empina-se desesperado e o veado desfaz-se em fumo. D. Fuas Roupinho clama por Nossa Senhora da Nazaré e cavalo e cavaleiro salvam-se, ficando as patas traseiras gravadas no rochedo, marca essa que ainda hoje existe. D. Fuas Roupinho corre para junto da Virgem a agradecer a protecção e promete levar a imagem para o local do milagre. Mais tarde, mandou construir a capela da Nossa Senhora da Nazaré nesse mesmo local que ficou a ser conhecido por Memória. 
No século XIV, o rei D. Fernando manda fazer obras nesse local e decide fazer um novo edifício de culto, tendo este sido ampliado nos reinados de D. João I, D. João II e D. Manuel.  

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Rural Castanea (Festa da Castanha) 21-23 Outubro - Vinhais



O certame conta já com a 6ª edição e tem abertura marcada para as 11h30. A marcar presença estará o maior assador de castanhas do mundo (Recorde do Guiness) que durante os três dias da feira não vai parar de assar castanhas. O visitante terá a oportunidade de as provar até onde a vontade mandar e acompanhá-las com a famosa jeropiga da região ou com o vinho tinto, também permanentemente disponíveis no recinto da festa da Castanha. A título de curiosidade, este assador mede 9,5 metros de comprimento, cinco metros de diâmetro e pesa 600 quilos, tendo capacidade para assar 1000 quilos de castanhas de uma só vez.
Quem visitar a feira encontrará um ambiente com animação musical em permanência, produtores com mostra e venda de produtos caseiros e tradicionais, a começar pela castanha, vinhos, licores, azeites, compotas, queijos, produtos secos (como a noz ou amêndoa), entre tantas outras relíquias tradicionais. Também vão marcar presença expositores artesanais, assim como vão decorrer vários concursos para premiar os melhores produtores de castanha do Concelho e as mais deliciosas doçarias de castanha. Será ainda lançado um livro com as receitas de doçaria de castanha premiadas nos certames anteriores. E quando a fome apertar, pode optar pelos restaurantes da região ou as tasquinhas existentes no recinto da feira.
Os amantes de máquinas agrícolas vão poder apreciar, durante os três dias, as mais modernas maquinarias agrícolas, em exposição durante os três dias, completando-se o certame com diversas actividades, nomeadamente o 8º passeio de BTT “Tour da Castanha”. 

http://www.parquebiologicodevinhais.com/

http://www.cm-vinhais.pt/galeria/261-rural-castanea-vinhais-feira-da-castanha-22-a-24-outubro-2010.html

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

XVII Festival Internacional Cinema Ambiental - Seia



Entre 8 e 15 de Outubro,  o festival "verde" exibe um conjunto de cerca de 60 longas e curtas metragens, repartidas pelas várias secções do festival, apresentando também, a par desta programação cinema, workshops e conferências sobre temas do ambiente e do cinema. Serão ainda exibidos filmes que integram a comemoração do Ano Internacional das Florestas e outros documentários.
O seu principal objectivo é a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e actividades culturais, abordando temáticas tão actuais como a biodiversidade, sustentabilidade, energias renováveis, requalificação urbana, alimentação biológica ou compromissos ambientais, sempre numa perspectiva abrangente.

sábado, 1 de outubro de 2011

Praia de São Torpes ( Sines)


guiadacidade.pt
São Torpes caracteriza-se por uma extensa área de praia que vai até perto de Porto Covo, existindo em cada praia diferentes características que respondem a diferentes gostos. Logo ao início do areal de São Torpes a água da praia é um pouco quente, o que costuma ser uma característica atractiva aos mais pequenos. O mar está cima dos 22ºC, tudo por causa das turbinas da Central Termoeléctrica da CPPE que aquece a água, junto ao molhe.
Praia com grande importância na "mitologia local", tem a ela ligadas duas lendas – a do mártir São Torpes e da cidade que teria existido sob as suas areias , e uma forma especial de embarcação de pesca, a jangada de São Torpes.






sexta-feira, 23 de setembro de 2011

3ª. FESTA DO OUTONO. Serralves - 25 Setembro - PORTO


Celebre em família, ou não, a chegada da nova estação, tudo para "reavivar antigas tradições e costumes". Música, teatro infantil, percursos na Quinta, uma Feira do Livro Infantil e uma Feira de Produtos Biológicos, com venda de compotas, ervas aromáticas e azeites. Oficinas de construção de animais de palha inspirados naqueles de verdade que vivem na Quinta de Serralves, aprender a fazer queijo e pão ou dar um passeio de burro mirandês, são algumas das actividades que os mais pequenos podem escolher fazer.
A entrada é gratuita (até parece mentira), mas vá cedo porque é difícil de estacionar dado o elevado número de pessoas que se prevêm lá estar. Mas sossegue, há espaço para todos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

7 º Festival Internacional de Jardins (até 31 de Outubro) - Ponte de Lima

















A edição deste ano escolheu a temática "A Floresta no Jardim", neste 2011 em que se comemora o Ano Internacional das Florestas.  Foram seleccionados 11 projectos em forma de jardins, e onde o público visitante  é chamado a votar neste modelo vanguardista e de criação artística  através do impacto visual. Por outro lado, tem uma componente ambiental: a preservação e manutenção dos espaços verdes.  

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Feiras Novas (10 - 12 Setembro) - Ponte de Lima




As centenárias Feiras Novas encerram o ciclo das Festas e Romarias do Alto Minho no segundo fim-de-semana de Setembro, quando o sol quente do Verão se prepara para a despedida. Celebradas desde 1826, por provisão régia de D. Pedro IV e em honra de Nossa Senhora das Dores, as Feiras Novas oferecem aos limianos e aos milhares de forasteiros, três dias e outras tantas noites de cor, alegria, folia e ritmo. Para além da música, folclore e fogo de artifício, há ainda espaço para concursos pecuários, corridas de garranos, cortejos etnográfico e histórico, bandas de música, gigantones e cabeçudos, grupos de bombos e para a procissão que encerra o ciclo das romarias do Alto Minho. Mas é o povo com a sua alegria e espontaneidade, a sua forma de fazer e estar na festa, as rusgas e os cantares ao desafio, o folclore em qualquer canto da vila que transforma as Feiras Novas num momento único e na romaria que é considerada o "maior congresso ao vivo da cultura popular em Portugal".





domingo, 4 de setembro de 2011

XXV Congresso de Medicina Popular (1 a 4 de Setembro) - Vilar de Perdizes




Por 40 stands estão espalhados bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, ervanárias, massagistas, tarólogos, exorcistas, comerciantes de chás e licores, além de barracas de 'comes e bebes'. A grande figura nas ‘bodas de prata’ continua a ser o padre Fontes, este ano agraciado com a medalha comemorativa dos 25 anos de edições e  por ser o "pai" do evento. A "junção entre o profano e o sagrado", o misticismo, colocaram esta freguesia do concelho de Montalegre no mapa.
António Lourenço Fontes fez mais por esta região do país do que muitas entidades ligadas ao turismo. 




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Festas do Povo (27 Agosto - 4 Setembro) - Campo Maior





As Festas do Povo consistem na decoração das ruas de Campo Maior, sobretudo o Centro Histórico, com flores de papel e outros objectos em cartão e papel, feitos pela população.

Trata-se de um evento tradicional único, e que já alcançou uma notoriedade elevada a nível nacional e internacional. É uma celebração que, por tradição, só acontece quando o povo quer, pois a sua realização depende do voluntariado e da força de vontade dos campomaiorenses. A preparação é feita rua a rua, sendo que o trabalho desenvolvido em cada uma delas fica em segredo, mesmo para amigos e familiares dos moradores, e só é dado a conhecer na noite da "enramação".  São meses e meses de luta, trabalho de entusiasmo sem limites dedicados á sua preparação. São horas sem conta, roubadas quantas vezes ao justo descanso, que toda a gente de Campo Maior dedica á preparação dessa maravilhosa e inesquecível surpresa, desse admirável e fascinante jardim florido que há-de surgir, como por encanto, ao raiar de uma aurora de Setembro. Sete anos depois, as Festas do povo contam com a participação de mais de 100 ruas.



















segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Praia das Rocas - Castanheira de Pêra







A Praia das Rocas faz parte das 21 Praias Fluviais da Rede das Aldeias de Xisto, muitas delas galardoadas pela Quercus com a “qualidade de ouro” devido às suas águas.
Ocupando uma área de cerca de 10 hectares ao longo da Ribeira de Pêra, que abastece a praia com as suas límpidas e puras águas, o complexo conta com um piscina circular de 7.000 m2 e uma piscina de ondas com 2.100 m2 (a maior do país), para além de bar, restaurante, e instalações sanitárias. No lago, com quase 1 Km de extensão, existe uma "ilha". As águas límpidas da Ribeira de Pêra espraiam-se, na presença de uma ponte secular, formando um local de encanto onde palmeiras tropicais convivem harmoniosamente com a Serra da Lousã que espreita lá do alto.
Pode, ainda, desfrutar de um passeio em barco a remos ou em gaivota e pernoitar num dos veleiros atracados na marina, deixando-se embalar pelo suave balouçar da corrente fluvial, ou num dos 6 bungalows perfilados na margem da albufeira, com vista privilegiada sobre o enorme espelho de água. Como os preços desses alojamentos são exagerados, eu recomendo a estadia na vila com uma excelente relação entre a qualidade e o preço.
A grande atracção são as ondas artificiais que, à hora certa, se começam a formar e agitam durante cerca de 10 minutos a enorme piscina fluvial. Pouco antes da hora soa um apito e é ver os banhistas chegarem-se para a zona central do complexo, que possui uma profundidade máxima de 1,90 metros.



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ruas Floridas (até 7 de Agosto) - Redondo



As Ruas Floridas são um evento que ocorre de dois em dois anos cuja tradição remonta a 1838 e consiste na decoração das ruas da vila de Redondo com flores e outros objectos elaborados em papel colorido. Os residentes de cada rua organizam-se e escolhem um tema, mantendo-o em segredo, cabendo a coordenação geral ao Municipio. Durante décadas, os adornos de papel terão acompanhado as festividades, resultando mais da espontaneidade do que de uma norma instituída socialmente. É impressionante o espírito comunitário: entre o conhecimento e a habilidade dos idosos, entre centenas de pessoas que se entregam  diariamente com dedicação e empenho à extenuante missão, entre donativos, poupanças e rifas, lá se angaria o suficiente para dar seguimento a usos tão antigos e com resultados tão admiráveis.
Desde altivos pórticos, passando pelos inevitáveis tectos, às sumptuosas carruagens, corpulentos animais, delicadas peças de roupa, reproduções históricas e contos infantis, até às mesas fartas com iguarias exóticas, as Ruas Floridas revelam um impressionante e complexo mar de papel na sua mais alta manifestação de diversidade e criatividade. As dimensões da realidade e da ficção fundem-se em harmonia, transportando os visitantes através de um mundo de castelos e cavaleiros, navios e descobertas, pirâmides e reis, jardins e toda a sorte de figuras.


http://www.cm-redondo.pt/pt/conteudos/Ruas%20Floridas/ruas%20floridas.htm

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Festival "L Burro I L Gueiteiro" (27 - 31 Julho) - Miranda do Douro




Este Festival Itinerante de Cultura Tradicional pretende potenciar a música e os instrumentos tradicionais, os arraiais e as danças mirandesas, a gastronomia local, a fauna, a flora e o quotidiano de quem resiste por Terras de Miranda.  O Festival pretende, ainda, reavivar a memória do Burro, que noutros tempos constituiu um dos meios de transporte mais utilizados na região, conciliando este acontecimento, com um antigo facto histórico em que os antigos gaiteiros faziam-se transportar para as romarias montados no seu dorso. Para isso, irão ser feitos percursos/passeios ecoturísticos na companhia do Burro de Miranda por caminhos antigos, nomeadamente pelas aldeias de Atenor e Picote.

http://www.aepga.pt/portal/PT/60/default.aspx

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Abrem-se as Portas no Douro (23 - 24 Julho)


São quase trinta, os associados da Rota do Vinho do Porto que vão estar de portas abertas aos visitantes, gratuitamente e sem marcação, neste fim-de-semana, das 10h da manhã de sábado até às 19h de domingo. Casas e quintas da região duriense que, para além de proporcionarem provas de vinhos, vão também dar a oportunidade aos turistas de provarem os seus doces ou azeites. Entre as várias incursões e provas pelas várias quintas aderentes, há visitas ao armazém de envelhecimento da Quinta do Portal, em Sabrosa, edifício assinado por Álvaro Siza Vieira e que recentemente ganhou o Prémio de Arquitectura do Douro.
Passear entre os socalcos das vinhas, visitar as adegas, degustar um copo de vinho e viajar num comboio a vapor são algumas das ofertas que os turistas terão ao seu dispor .
A Região do Douro, recorde-se, é a mais antiga região demarcada do Mundo e património da humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), desde 2001.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Feira Medieval de Caminha ( 15 a 24 de Julho)





A Feira Medieval começou em 2004 e durou apenas 3 dias. O sucesso foi tal que, de ano para ano, expandiu-se em todos os sentidos. Esta edição escolheu a temática dos "Trovadores e Jograis - cantigas de amor, amigo, escárnio e maldizer". Juntam-se taberneiros, artesãos, mercadores e comerciantes da vila. Destacam-se os dois torneios medievais, os espectáculos de aves de rapina no Terreiro, e os dois acampamentos medievais. A animação marcará também presença em todas as ruas e serão recriados mais espaços de animação, designadamente o Largo do Eterno Condenado e as esquinas das trovas em que serão declamadas as cantigas de amigos, amor, escárnio e maldizer. Pelas várias ruas, o visitante encontrará dezenas de figurantes trajados à época. Cortejo inaugural alusivo aos jograis e trovadores, música medieval, danças medievais, torneio apeado, jogos medievais, exibição de jograis, bruxa e queimada luso-galaica, treino de cavaleiros, cortejo de encerramento, são alguns dos destaques.
De realçar que o espaço das Muralhas, em frente à Igreja Matriz, vai transformar-se num Acampamento Militar e a Rua Visconde Sousa Rego, num Acampamento de Artes e Ofícios. O Largo do Turismo será transformado no Largo do Eterno Enforcado.

Notícia extraída de InfoMiño.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Festa dos Tabuleiros (Tomar) - 2 a 11 de Julho




A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal. Segundo os investigadores, a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã que em muitos lugares do reino absorveu as primitivas festas pagãs. O ponto alto das festividades que juntava ricos e pobres sem qualquer distinção ocorria no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.

Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa. A tradição continua e muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo que tem o nome de Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne mantêm-se (desde há alguns anos a esta parte também se distribui o vinho).

A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão - dia 10 de Julho.  Esta procissão de dignidade, cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas que de forma entusiástica é lançada sobre o Cortejo. O Cortejo consiste no desfile de diversos tabuleiros ornamentados, em forma de torre, construídos à base de camadas de pão e decorados com ramos de espigas de trigo, malmequeres, papoilas e verduras. No topo, o ornamento termina em forma de coroa, onde repousa uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo. Estes tabuleiros são transportados à cabeça por duas filas de raparigas que marcham pela cidade. Elas vestem vestidos brancos e faixas vermelhas e, segundo a tradição, os tabuleiros têm de ter a altura de quem os transporta e de pesar uma arroba, ou seja, cerca de 15kg. Ao lado das raparigas desfilam os seus ajudantes, homens vestidos de calças pretas, camisa branca, gravata encarnada e barrete preto de campino. À frente do cortejo, um fogueteiro abre passagem pelas ruas repletas de gente, seguido dos gaiteiros e dos tambores, atrás dos quais seguem homens com o pendor do Espírito Santo e as coroas das 16 freguesias do concelho. O fim desta festa ocorre no dia seguinte ao desfile dos tabuleiros com a refeição sagrada, consistindo na partilha de alimentos pelos mais necessitados.


É até dia 10 e tem de se aproveitar porque só se realizam de quatro em quatro anos.

http://www.tabuleiros.org/

sábado, 2 de julho de 2011

Feira do Mirtilo (4º edição) - Sever do Vouga (1 a 3 de Julho)


Em Portugal a produção de Mirtilo está ainda pouco disseminada. Actualmente, a produção encontra-se distribuída em dois territórios distintos: sub-região do Médio Vouga e sub-região do Alentejo Litoral.
O mirtilo é um fruto silvestre com um sabor distinto, vastamente conhecido pelas suas propriedades medicinais. É um poderoso antioxidante e é conhecido por muitos como "o fruto da juventude". Habitualmente usado no tratamento de algumas infecções, este fruto ajuda ainda a retardar o envelhecimento cerebral dos doentes de Alzeimer. Além de várias vitaminas, o mirtilo é rico em sais minerais, magnésio, potássio, cálcio, fósforo, ferro entre outros elementos. Também no mundo da culinárias, assume-se como um fruto extremamente versátil, capaz de compor qualquer tipo de prato. 
Quando a crise económica parece tomar conta do país, a produção deste fruto parece ser uma fonte de subsistência.


sábado, 25 de junho de 2011

Coimbra 1111



O espectáculo "Coimbra 1111" é um projeto dirigido por "O Teatrão" e desenvolvido em parceria com vários núcleos de teatro amador e instituições culturais de Coimbra. A peça, que conta com a participação ativa do público, visa a conquista de Coimbra pelas pessoas da cidade. "Coimbra 1111" é um espectáculo de rua entendido como uma celebração da cidade, a propósito dos 900 anos do seu foral. O teatro amador, de mãos dadas com o profissional, apresenta-se comunitário e vai percorrer a zona histórica de Coimbra, começando a atuar no Cais do Museu da Água enquanto atravessa as ruas da cidade até chegar à Sé Velha. Vai estar em cena nos dias 23 e 24 de Junho, 4 de Julho, 27 de Agosto e 10 de Setembro. Sarracenos, mouras encantadas e espíritos de tempos passados juntam-se a atores, taberneiros e soldados numa aventura medieval pela Coimbra dos nossos dias.


Fontes: http://oteatrao.blogspot.com/
           http://acabra.net/dossiers/19




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pena ( São Pedro do Sul)









Encaixada num vale entre a Serra da Arada e São Macário, a aldeia da Pena só recebe a presença do sol durante 3 curtas horas, no Inverno. Por isso mesmo, gerou um microclima extraordinário que se reflecte no trajecto da sua Ribeira até Covas do Rio. Diz-se que, no tempo em que a aldeia da Pena não tinha cemitério e estrada de acesso, os mortos eram transportados a pé numa urna até à aldeia de Covas do Rio. Numa destas viagens, o individuo que ia na parte de trás a transportar a urna escorregou e esta caiu-lhe na cabeça matando-o. Foi assim que o morto matou o vivo!
Aqui, tudo é feito de xisto pintado numa tela de socalcos verdes, num local que já foi castro romano.

Existe uma lenda que explica o nome da aldeia: Era uma vez uma serpente de 200 metros que vivia numa cova. Quando tinha sede e fome, bebia água da ribeira e ameaçava a vida das pessoas se não lhe fosse dado para comer um boi. Quando já não havia nenhum boi na aldeia, a serpente começou a comer as pessoas tendo elas que deitar sortes para ver qual seria a sua vez de morrer. A aldeia lamentava-se: “Que pena! Que pena!”

N. B. - Muito cuidado para quem vem de automóvel e percorre a estrada de acesso que desce de São Macário para a aldeia. Uma descida abrupta, sem "rails" de protecção, que sofre um desnível de 500 metros, em que só um carro consegue passar num dos sentidos, não sendo aconselhável a quem sofre de vertigens.

Apesar da beleza da aldeia, não posso esquecer a tristeza e o abandono que a Pena tem sito votada.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Torneio Chegas de Bois (até 11 de Agosto) - Montalegre






Até 11 de Agosto, arrancou mais uma edição do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, uma tradição enraizada nesta zona do país que serve para aferir o boi mais lutador. A iniciativa, patrocinada pela Câmara de Montalegre, inicou-se como nos anos interiores no dia do munícipio, dia 9 de Junho. É uma forma de identidade, de património cultural, quando a raça barrosã começa a extinguir-se porque não é rentável e exige grandes custos. A autarquia estimula assim a criação daquela espécie autóctone através da atribuição de um prémio de participação na ordem dos 500 euros por animal. Além disso, o boi vencedor em cada uma das eliminatórias receberá outros 500 euros e os touros que chegarem à final vão arrecadar, cada um, 750 euros.







quarta-feira, 8 de junho de 2011

XV Mercado à Moda Antiga (10 -12 Junho) - Oliveira de Azeméis



O Mercado à Moda Antiga recria - em ambiente de festa popular autêntica - usos e costumes do concelho do final do Séc. XIX e início do Séc. XX. Mais de uma centena de tendinhas, expositores e tasquinhas tradicionais espalhadas pelas ruas centrais, transformam a cidade com a animação do tempo dos avós.
Assim, haverá uma Feira Rural com uma representação das antigas artes e ofícios: o tamanqueiro, o oleiro, o chapeleiro, a vendedora e a ´fritadeira´ de peixe, o vidreiro, os tecelões e um lugar de destaque para as padeiras desse produto único que é o Pão de Ul que será confeccionado ao vivo.
Decorrerá um festival de música tradicional, cantares danças históricas e animação de rua com bombos e gigantones. O Programa acolhe ainda um baile tradicional, diversos grupos de teatro e animação de rua ao longo dos três dias, incentivando à participação da população.
Saiba que as crianças também foram lembradas nesta edição do Mercado à Moda Antiga: além de ateliers e jogos tradicionais, haverá espaço para ajudarem a confeccionar o famoso Pão de Ul e assistirem a peças de teatro, entre outras iniciativas. Em paralelo decorrem exposições de contextualização histórica como a "República para além de Lisboa" e "Artes e Ofícios tradicionais".

Texto de Linda Barreiro.





segunda-feira, 30 de maio de 2011

Festival da Água (3 a 5 de Junho) - Estói



Este evento acontece, na medida em que a importância da água no planeta Terra está cada vez mais a ser assumida por governantes e por organizações de cidadãos, e as populações devem ser consciencializadas de que a água não é um direito adquirido, nem deve ser utilizada de forma desregrada. A água foi, é e será o factor essencial da humanidade. As comunidades formaram-se junto aos cursos de água, e ali se desenvolveram e se cimentaram. O Festival convidando-nos a descobrir os trilhos da água na aldeia de Estoi, relacionando o passado, o presente e o futuro dos povos com a importância da água como bem essencial e como factor de unificação e de aproximação de povos. No percurso pedestre interpretativo “Na rota da água” vão ser dadas a conhecer as estruturas patrimoniais hidráulicas do vale da Ribeira da Alface.
Este evento vai trazer à aldeia um conjunto de acontecimentos temáticos que juntam animação a visitas e percursos, exposições, apresentações temáticas, gastronomia, artesanato, música e acções interactivas com água, entre várias outras iniciativas.

http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=116509

sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Serralves em festa" (28 a 29 de Maio) - Porto



Pelo oitavo ano consecutivo, a Fundação Serralves oferece gratuitamente 40 horas non-stop de inúmeras actividades para toda a família. Estão representadas as áreas da Performance, Música (Improvisada, Pop Rock, Electrónica, Experimental, Jazz, DJs), Dança Contemporânea, Acrobacia, Circo Contemporâneo, Circo de Objectos Sonoros, Teatro (Teatro de Rua, Teatro para Infância e Juventude, Teatro de Marionetas) Cinema, Vídeo, Instalação, Fotografia, Visitas Orientadas, Exposições e Workshops.

A Fundação de Serralves alberga a Casa de Serralves, o Parque e os jardins, e o Museu de Arte Contemporânea desenhado pelo arquitecto Siza Vieira. A fundação, que existe desde 1989, pretender ser um local privilegiado de acesso à cultura contemporânea. Nas sete edições anteriores, a festa de Serralves contou com a presença de 3.600 artistas, 495 mil visitantes, dos quais 94 mil foram estrangeiros, num total de 1.500 eventos.

sábado, 21 de maio de 2011

Descida do Rio Antuã - 22 Maio (Salreu - Estarreja)



A 10ª "Descida do Rio Antuã" é uma espécie de Carnaval aquático onde dezenas de embarcações ( de preferência, construídas com materiais reutilizáveis) transmitem a crítica social e política. Pretende também sensibilizar, de forma divertida, a população para a protecção dos recursos naturais e sua utilização sustentável. Barcos, jangadas, barcaças e todo o tipo de embarcações, desde que flutuem, dão um colorido e uma alegria especial à prova que é vista por milhares de pessoas ao longo das margens do Rio neste percurso de 4 km. Para fazer deslocar a embarcação podem ser utilizadas velas, remos ou pedais sendo que é proibido o uso de motores.

A iniciativa do Centro de Cultura e Desporto de Salreu começa às 15H de Domingo, junto da Ponte Velha e perto do Hotel Eurosol. O melhor local para apreciar este espectáculo é no Parque Municipal de Antuã.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

VI Festival Islâmico de Mértola - 19 a 22 de Maio



Encontro de culturas, o Festival Islâmico celebra toda a herança histórica da vila e a sua forte influência islâmica. Realiza-se de 2 em 2 anos, para que a sua chegada seja mais desejada. No mercado árabe - o «souk» - espalhado pelas ruas estreitas e íngremes do labiríntico centro histórico da vila coberta de panos: os cabedais, as djellabas, o incenso, o sândalo, o chá de menta, as especiarias e a mistura de vozes dão cores, aromas e melodias especiais ao quotidiano outrora pacato, a lembrar as medinas do outro lado do Mediterrâneo. Pela noite, no cais de Mértola e nos largos da vila há concertos de música que atraem curiosos ou entusiastas de ritmos exóticos. Recupera-se a «Martulah» dos séculos XI e XII, quando era a capital de um reino islâmico e um importante porto comercial nas rotas do Mediterrâneo.






sexta-feira, 13 de maio de 2011

Noite das Bruxas (13 de Maio) - Montalegre


Montalegre - 6ªFeira 13 - O Cálice da Alegria by Digital Frame.pt Audiovisuais from Digital Frame pt on Vimeo.


A Câmara de Montalegre organiza a Noite das Bruxas desde 2002, que decorre todas as sextas-feiras 13, sendo já parte integrante do calendário cultural da região. Há quem acredite que Jesus Cristo tenha morrido numa às 13:00 de uma sexta-feira 13, pois a Páscoa Judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário Hebraico. Mas esta superstição ligada ao azar teve origem no dia 13 de Outubro de 1307, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelos Rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país, e alguns torturados e, mais tarde executados, por heresia.
Este ano, a grande atracão será a simulação da "demolição" do Castelo de Montalegre a três dimensões e a conhecida queimada do Padre António Fontes, conhecido por "Dom Bruxo".


















quinta-feira, 5 de maio de 2011

Feira Medieval (5 a 8 de Maio) - Torres Novas



A iniciativa segue na linha da Feira Quinhentista que se realizou no ano passado, sob o tema “Revisitar D. Manuel I – 500 anos do Foral Novo”. Este ano o certame é dedicado às Cortes de 1438 e o evento pretende ser um meio para atingir o fim da revitalização do centro histórico de Torres Novas. Será recriado o ano da morte de el-Rei D. Duarte, deixando o príncipe herdeiro com apenas 6 anos de idade. Era necessário resolver a questão da regência e a respectiva condução dos destinos de Portugal durante a menoridade de D. Afonso V, e a disputa entre facções de opinião divergente quase levou o reino a uma guerra civil, tendo Torres Novas sido cenário desse confronto.  Assim, através da representação teatral, da música, da dança, gastronomia e diversas outras artes, Torres Novas fará uma viagem de 4 dias ao século XV, vestindo-se e vivendo a rigor. Dentro do Centro Histórico, constituirão palco natural e privilegiado do evento alguns elementos arquitectónicos como o castelo da cidade, a Praça 5 de Outubro, os templos situados nas imediações, bem como a malha urbana que os liga, criando um roteiro propício ao desenrolar das actividades. Espaços que farão a passagem para uma outra dimensão, onde as bestas se cruzam com homens de guerra e gente de má fama, onde o clero caminha em conluio com a fidalguia, preparando argumentação para as Cortes, malabaristas passeiam-se por entre mercadores do norte de África, ao som das vendedoras de sonhos e contadores de histórias da peste e da morte que grassa pelo reino. Torres Novas, num tempo de míngua e indecisão, de intriga e mau passar, receberá D. Afonso V, o Rei Menor que todos quiseram tutelar.

http://www.memoriasdahistoria.com/

sábado, 30 de abril de 2011

VII Mercado Medieval Almodôvar (29 de Abril a 1 de Maio)



Este evento pretende ser uma viagem à Idade Média, mais propriamente a 1285, época em que foi outorgado por D. Dinis o Foral à Vila de Almodôvar. A VII edição do certame proporcionará aos seus visitantes o contacto com personagens e a vivência de situações típicas da época, trazendo até ao presente cores, gostos, sons e danças do passado. Contadores de histórias, desvendadores de magias, encantadores de serpentes, arqueiros, cavaleiros, almocreves e mesteirais vão invadir o centro histórico da vila de Almodôvar, onde a acção será constante.
No dia 29 de abril, sexta-feira, pelas 16.00 horas, terá lugar a abertura oficial do Mercado Medieval, e pelas 18:00 horas, será efectuada a leitura do Edital e do Foral que El Rei D. Dinis manda outorgar a Almodôvar. A partir daí, os comes e bebes nas tabernas do mercado, o Arraial dos Trovadores, com os seus festejos e danças à desgarrada, ou as danças Moçárabes e a arte do Encantador de Serpentes, completam o ambiente medieval. Por volta das 23:00 horas, inúmeros castelhanos irrompem pela praça, travando-se uma pequena batalha, em que a Milícia da Vila põe os invasores em debandada. Entretanto, os festejos populares e cantares à desgarrada prosseguem, até que o Alcaide mande que se mande debandar o povo e que a festa termine.
No sábado, dia 30, e no domingo dia 1, o Mercado abrirá portas pelo meio dia e prosseguirá até por volta da meia noite, sempre com a apresentação de muita animação medieval, designadamente um Cortejo de El-Rei D. Diniz que sai a receber Dona Isabel de Aragão (15.00 horas de sábado), ou o cortejo Régio pelas ruas do Burgo com acompanhamento do clero, nobreza, dos mestres de ofício e dos servos da gleba.






quarta-feira, 27 de abril de 2011

VI Festival Internacional Máscara Ibérica - 28 de Abril a 30 Maio - Lisboa (Rossio)


O desfile revive tradições pagãs das máscaras de origem ibérica, mas que desde as últimas edições traz também até à capital alfacinha as máscaras de outras regiões da Europa. Com um programa de animação cultural e turística que conta com a apresentação de projectos musicais e culturais das regiões ibéricas, entre os quais espectáculos de música tradicional e moderna, arruadas, dias temáticos, gastronomias das várias regiões representadas, exposições, artesanato, workshops infantis e muito mais. O evento conta em 2011 com a participação de grupos de múltiplas regiões europeias e mais de 450 participantes.
 

sábado, 16 de abril de 2011

II Festival de Pão-de-Ló de Felgueiras (16 e 17 de Abril)


Primeiro Festival de Pão-de-Ló de Felgueiras foi mais uma ponte entre Norte de Portugal e Galiza from A Voz Local TV on Vimeo.


O imponente Mosteiro de Pombeiro acolhe esta iniciativa da Câmara Municipal de Felgueiras que visa promover a doçaria tradicional, nomeadamente o pão-de-ló, aproveitando para dinamizar a actividade do sector, tendo em conta as várias receitas tradicionais a nível local, nacional e internacional, sendo complementado com outras actividades de carácter recreativo, cultural e comercial. Estará também em evidência a doçaria tradicional do Vale do Sousa, a doçaria tradicional da Galiza, produtores de amêndoas, chocolates, vinho e licores. O destaque óbvio vai para o Pão-de-Ló de Margaride, com quase 300 anos de existência. É cozido em forno de lenha em formas de barro não vidrado. Estas formas constam de três tigelas, duas iguais e uma mais pequena, sendo esta colocada invertida no centro de uma das outras tigelas formando um cano. Depois de forrada com papel grosso, em quadrados sobrepostos, a massa é aí deitada, os bicos do papel virados para dentro e depois tapada com a outra tigela.

Aproveite também para conhecer a Rota do Românico do Vale do Sousa com programas especiais dedicados ao evento.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Moinhos Abertos (9 a 10 de Abril)


Na sequência do Dia Nacional dos Moinhos, celebrado a 7 de Abril, terá lugar pelo quinto ano consecutivo o Dia dos Moinhos Abertos de Portugal, organização da Rede Portuguesa de Moinhos, com o apoio da TIMS – Sociedade Internacional de Molinologia. Pretende-se mais uma vez chamar a atenção dos Portugueses para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, de forma a motivar e coordenar vontades e esforços de proprietários, moleiros, organizações associativas, autarquias locais, museus, investigadores, molinólogos, entusiastas, amigos dos moinhos e população em geral. Estarão abertos 137 moinhos e 68 núcleos moageiros. A cobertura nacional abrange 13 distritos do Continente e da Região Autónoma dos Açores, num total de 45 municípios envolvidos. A Rede Portuguesa de Moinhos disponibiliza os locais onde, gratuitamente, pode visitar os mesmos.

Se quiser uma experiência mais a sério, saiba que pode hospedar-se num moinho, com todo o conforto moderno.






domingo, 27 de março de 2011

Batalha dos Atoleiros ( 2 e 3 de Abril) - Fronteira


Batalha dos Atoleiros from ccnunoalvares on Vimeo.

A Batalha dos Atoleiros teve um enorme significado. Em primeiro lugar, e no aspecto militar, Atoleiros foi uma grande vitória portuguesa e exclusivamente protagonizada por efectivos portugueses, com grande protagonismo de forças oriundas do Alentejo, contra um exército muito superior. Em segundo lugar, a Batalha dos Atoleiros significou o despontar da destreza e argúcia militar daquele que veio a ser um grande e respeitado chefe de guerra, D. Nuno Álvares Pereira. Para um pequeno povo que defrontava uma campanha e uma invasão de um grande e poderoso Reino, este acreditar na chefia militar foi fundamental para o moral, para cerrar fileiras e para enfrentar um inimigo superior em número e em material de guerra.
A Batalha dos Atoleiros representou também uma inovação táctica e militar, na medida em que, ao contrário do que era usual na época, a cavalaria teve ordem para desmontar e aguardar, a pé, a ofensiva inimiga. Em terceiro lugar, o êxito alcançado na Batalha dos Atoleiros teve um enorme impacto psicológico nos apoiantes do Mestre de Avis e de uma forma geral em Portugal, ao demonstrar que apesar de todo o seu poderio militar, os castelhanos não eram invencíveis. Esta constatação demonstrou aos portugueses, que se devidamente organizada e orientada, a luta pela independência do Reino poderia ser bem sucedida.
Paralelamente, a Batalha dos Atoleiros implicou uma alteração profunda na perspectiva dos castelhanos. Com efeito, os castelhanos chegaram a Atoleiros com uma confiança extrema, a roçar a sobranceria. Com esta derrota inapelável e estrondosa, toda a confiança castelhana na sua qualidade e superioridade numérica foi abalada de alto a baixo, e a partir daí, a campanha começou a deixar de ser encarada como um passeio e uma mera acção de polícia. Em quarto lugar, a Batalha dos Atoleiros constitui um acontecimento de extrema importância na chamada crise de 1383 a 1385, que consagrou e definiu, de uma vez por todas, a identidade de Portugal, como País, como povo e como nação. Esta consciência de independência nacional jamais se veio a perder, chegou aos nossos dias e certamente ficará para o futuro.

É assim possível afirmar que a partir de Atoleiros e da crise de 1383 a 1385, o país chamado Portugal perdeu a perspectiva de reino de organização baseada em laços feudais, para passar a dispor de uma consciência nacional, traduzida na noção de independência, na necessidade de fronteiras e de governo próprio, assegurado por nacionais e sem interferências estrangeiras. O êxito alcançado na Batalha dos Atoleiros iniciou assim um processo notável de afirmação da nação portuguesa, sem o qual não teria sido possível nem Aljubarrota, nem mais tarde o Acordo de Paz com Castela, em 1411.

N. B. - Texto retirado do site promocional da Batalha.



sábado, 19 de março de 2011

VIII Festa Internacional das Camélias (18-20 Março) - Celorico de Basto




Este certame tem como objectivos a divulgação e valorização do património natural constituído por camélias existentes no concelho, é já uma tradição celoricense, e conta com a realização de inúmeras acções direccionadas para o tema das camélias como exposições, concursos e trabalhos alusivos à flor. A festa das Camélias arrasta, anualmente, milhares de visitantes que querem saber mais sobre a planta que se encontra espalhada por muitos jardins do concelho. Esta planta de longevidade assinalável, originária da Índia e do Japão, surgiu nos jardins das casas solarengas deste concelho minhoto há pelo menos dois séculos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pedra Letreira - Alvares - Góis

                                          Foto de Goisproperty.com
                               
A Pedra Letreira é um monumento de arte rupestre dos primórdios da Pré-História recente que foi descoberto nos anos 50 do século passado. É um afloramento de xisto ante-câmbrico, de estratificação vertical, em cuja superfície horizontalmente alisada se encontra uma sequência de gravuras inscritas. É tida pelos populares como uma obra de mouros que teriam ali deixado os seus fascinantes tesouros. O que se sabe é que estes vestígios do passado preenchem lacunas sobre o conhecimento da pré-história local, indiciando uma presença humana activa, motivada pela abundância de minérios. O processo de gravação utilizado para inscrever as figuras, que integram o petróglifo, foi o método da abrasão com instrumento bicudo e sólido, muito provavelmente um machado. Este imponente monumento permite uma viagem no tempo, onde podemos observar uma série de representações, interpretadas como arco e flecha e outras mais complexas, talvez do Bronze Inicial.

Acessos: Seguindo na Estrada Nacional nº2, na rotunda da Portela de Góis, vire à sua esquerda em direcção a Alvares. Alguns quilómetros depois, vire à sua direita (direcção Alvares) e, logo a 30 metros, seguir a pé pelo caminho de terra batida à sua direita. Após 700 metros, já consegue visualizar ao fundo uma espécie de plataforma a meia encosta.  

N. B. - Parte do texto retirado de prospecto turístico da Câmara Municipal de Góis.

Góis Selvagem from Luis Ferreira on Vimeo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Danças dos Cus - Carnaval de Cabanas de Viriato (Carregal do Sal))





Longe dos carnavais "abrasileirados" pelas telenovelas e perto das tradições portuguesas, Cabanas de Viriato ( terra desse magnífico grande vulto chamado Aristides de Sousa Mendes, o "Justo entra as Nações", ex-cônsul de Portugal em Bordéus que salvou milhares de judeus do jugo nazi) atrai milhares de forasteiros de todo o país que se fantasiam e dão um colorido invejável à vila durante três dias.

O verdadeiro nome da folia é "Dança Grande", mas os forasteiros mudaram-lhe o título, porque, "quando há variações de ritmo, as pessoas vão ao centro e chocam de rabo". A "tradição genuinamente nacional" sobrevive desde 1865.  Domingo de Carnaval é reservado para as crianças que conta com a participação de todas as escolas do concelho. Segunda e Terça-feira, é para todas as idades, todos quantos queiram participar, na famosa Dança dos Cus:  ao som da Valsa de Carnaval tocada pela banda da Sociedade Filarmónica, alinhados em duas filas, os foliões vão dançando pelas ruas da vila, batendo com os traseiros nos dos vizinhos do lado quando há uma variação do ritmo. A sua forma tão “desorganizada”, espontânea, natural, onde todos podem participar livremente, é de facto cativante, imperdivel. 

"Zambombadas", uma sonora designação para não menos barulhentas sessões de bombos, fortemente percutidos durante a noite, e que começam a percorrer a vila e a anunciar o Carnaval com 15 dias de antecedência. De domingo a terça feira, nas horas deixadas livres pela dança dos cus, ouvem-se as "entrudadas", sessões de declamação de quadras populares, ditas ao ritmo dos bombos, denunciando segredos da vila. "Ouve-se então o que toda a gente já sabe, mas que algumas pessoas queriam manter em segredo".










quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Torre da Universidade de Coimbra




 A Torre da Universidade de Coimbra reabriu ao público para visitas guiadas, após uma reabilitação que durou cerca de um ano e foi financiada por antigos estudantes e por um conhecido Banco.
O restauro pretendeu devolver à Torre a sua dignidade visual, nomeadamente a limpeza e restauro da pedra, a substituição das caixilharias e o reforço das condições de segurança, iluminação, informação e meios de comunicação.
Do alto dos seus 34 metros (altura equivalente a um prédio de 12 andares), a Torre Universitária de Coimbra, o maior símbolo da instituição, vigia a cidade. Foi edificada entre 1728 e 1733 por António Canevari, local onde os visitantes têm à sua espera a árdua tarefa de vencer os 180 degraus de escada em caracol. O remate em forma de terraço é uma das características da Torre, que aloja, além dos relógios, três sinos, que regulam o funcionamento do ritual da Universidade e são conhecidos entre os estudantes por "Cabra, Cabrão e Balão".
Esta intervenção monumental fez parte de um vasto plano de recuperação e valorização da Alta Universitária, no âmbito da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial.
Ir ver a Torre da Universidade e não visitar a Biblioteca Joanina, é como ir a Roma e não ver o Papa.





quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Gerês Romântico (S. Valentim) - Terras de Bouro - 12 a 14 Fev.



A Câmara Municipal de Terras de Bouro decidiu aproveitar o fim-de-semana de S. Valentim para promover o concelho junto de casais apaixonados e, melhor do que isso, juntar o útil ao agradável e habilitarem-se a ganhar prémios.
Ocupando 55,7% da área do concelho, o Parque Nacional Peneda-Gerês, único no país, é o grande chamariz turístico. Caminhe pela Via Romana da Geira, atravessando para Espanha, tenha a sorte e o privilégio de ver a enigmática Vilarinho das Furnas, uma espécie de Atlântida, encha os pulmões na encantadora vila do Gerês, delicie-se com a visão magnífica do Miradouro da Pedra Bela, refresque-se na Cascata do Arado, ouça o sussurro da natureza na Mata da Albergaria (Reserva Biogénica da Europa), visite os 29 moínhos de água de Stª. Isabel do Monte e entre no Santuário de S. Bento da Porta Aberta.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Buddha Eden (Jardim da Paz) - Bombarral


A destruição dos Budas Gigantes de Bamyan (Património da Humanidade), no Afeganistão, está na origem da criação deste espaço com a marca de José Berardo. É pois uma homenagem à tragédia de 2001, um lugar de meditação e introspecção interior, sem qualquer tipo de pretensão religiosa, feita através de um extraordinário jardim recheado de fantásticas esculturas orientais (budas, pagodes, e estátuas de soldados de terracota).

Ontem morreu Gary Moore, a lenda da guitarra norte irlandesa. Espero que encontre a paz num local como este.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

XX Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso - Montalegre - 27-30 Jan.



A Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso nasceu timidamente em 1992. Porém, o arranque foi difícil. Tudo porque, tradicionalmente, só os "pobres" vendiam os presuntos e as chouriças produzidas em casa, na maioria das vezes de forma escondida. Os produtores que poderiam dispensar fumeiro para venda sentiam-se envergonhados em fazê-lo publicamente. De uma forma estratégica aliado a um bom senso, a comissão organizadora redesenhou um novo modelo do projecto: ia a casa dos produtores buscar os produtos. Pesava os produtos e atribuía-lhes um preço. Depois vendia-os sem referência ao nome do seu produtor, apenas com um código que só ela própria conhecia e, posteriormente, entregava ao produtor o dinheiro resultante da venda. Este modelo vingou durante os dois primeiros anos. A partir do terceiro ano alguns produtores começaram a permitir que o seu nome fosse colocado nos rótulos dos produtos. Só a partir de 1999 foi possível organizar uma Feira do Fumeiro onde todos os produtores estivessem presentes.

A opção estratégica da Câmara de Montalegre em realizar a Feira do Fumeiro está sustentada na convicção de que o fumeiro e o presunto, que sempre se produziram nesta região, eram de alta qualidade e tinham um nicho de mercado capaz de os absorver. No entanto, é inquestionável que o sucesso crescente da Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso e das dinâmicas que lhe estão adjacentes se deve, sobretudo, à metodologia de organização utilizada, assente sempre num modelo de gestão e avaliação participativa. Esta metodologia permitiu responsabilizar os produtores pela qualidade dos produtos vendidos e devolveu-lhes a auto-confiança e a auto-estima, enquanto actores privilegiados de todo o processo.
 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Portão da Quinta do Crasto


Quem percorre a Estrada Nacional 101 de Monção para Valença, quase na divisória dos dois concelhos e das freguesias vizinhas de Lapela e Friestas, depara-se subitamente com uma imponente frontaria de granito que tem desafiado o decurso dos séculos. É o celebrado portão da Quinta do Crasto, ou de Castro. A grandiosidade do portão contrasta com o resto da propriedade que terá pertencido à aristocrática família  Pimenta de Castro.
À escassez de informação credível sobre a misteriosa quinta, contrapõe-se a lenda e a sabedoria popular consubstanciada em duas narrativas que, como todas as lendas, enfermam de escassa credibilidade. A primeira é que na freguesia vizinha de Gondomil, dois homens envolveram-se numa contenda por causa dos marcos que dividiam as respectivas propriedades.À boa maneira do norte, o homem que se considerava roubado, puxou da enxada e desferiu um golpe na cabeça do vizinho, matando-o. Entretanto foram chamados os guardas da Rainha para prender o homicida. Este, conhecedor dos direitos e privilégios do Portão da Quinta do Crasto, fugiu e dirigiu-se para ali perseguido pelos guardas e pela população. Chegando lá, agarrou-se ao portal conseguindo eximir-se à justiça porquanto, todos aqueles que se protegessem junto do portal expiavam os crimes cometidos.
A segunda reza que, perante a ameaça das tropas napoleónicas que invadiram Portugal pelo Norte, os proprietários da nobre Quinta reuniram todo o dinheiro e jóias que possuíam e entregaram o fabuloso tesouro a um fiel criado incumbindo-o de o colocar em segurança. O criado apareceu mais tarde morto mas do tesouro nunca mais se soube, o que leva a considerar duas hipóteses: uma que teria o fiel servo escondido o tesouro em local seguro e levado o segredo do seu esconderijo para a eternidade, outra que aponta a possibilidade de ter sido morto e roubado pelos invasores.

N. B. - Este texto é da autoria de Boaventura Eira-Velha, do blogue "Memórias".

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Festa das Fogaceiras - 20 Janeiro - Stª. Mª. da Feira



A Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de protecção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado fogaça. S. Sebastião, que segundo a lenda padeceu de todos os sofrimentos aquando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se, assim, o santo padroeiro de todo o condado da Feira. No cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão que saía do Paço dos Condes e seguia pela Igreja do Convento do Espírito Santo (Lóios), onde eram benzidas as fogaças, divididas em fatias, posteriormente repartidas pelo povo. Assim nasceu a Festa das Fogaceiras, chegando até aos nossos dias com dois traços essenciais: a realização da missa solene, com sermão, precedida da bênção das fogaças, celebrada na Igreja Matriz, e a procissão, que sai da Igreja Matriz, percorrendo algumas ruas da cidade.
Com a proclamação da República, acrescentou-se um novo ritual: a formação de um cortejo cívico, a partir dos Paços do Concelho rumo à Igreja Matriz, antes da missa solene, que integra as meninas “fogaceiras”, que levam as fogaças à cabeça, bem como as autoridades políticas, administrativas, judiciais e militares e personalidades de relevo na vida municipal.
A procissão festiva realiza-se a meio da tarde e congrega símbolos religiosos, com destaque para o mártir S. Sebastião, bem como uma representação civil, com símbolos autárquicos, económicos, sociais e culturais de cada uma das 31 freguesias do concelho, numa curiosa mistura entre o civil e o religioso.
No cortejo e procissão as atenções recaem, naturalmente, sobre as fogaceiras, segundo a tradição “crianças impúberes”, provenientes de todo o concelho, vestidas e calçadas de branco, cintadas com faixas coloridas, que levam à cabeça as fogaças do voto, coroadas de papel de prata de diferentes cores, recortado com perfis do castelo.
Inicialmente, as “fogaças do voto” eram distribuídas pela população em geral, depois pelos pobres e mais tarde pelos presos, pobres e personalidades concelhias, em fatias chamadas “mandados”. Actualmente, são entregues às autoridades religiosas, políticas e militares que têm jurisdição sobre o município de Santa Maria da Feira.
Manda a tradição que, por ocasião da Festa das Fogaceiras, os feirenses enviem fogaças aos familiares e amigos que se encontram longe.
A fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira, cujas primeiras referências conhecidas aparecem nas inquirições de D. Afonso III, no século XIII (1254/1284) e que era usada como pagamento de foros. O seu formato estiliza a torre de menagem do castelo com os seus quatro coruchéus. A fogaça é cozida diariamente em várias casas de fabrico do concelho e distingue-se por tradicionais aprestos, quer no preparo, quer na forma como vai ao forno. Os ingredientes base utilizados na confecção desta iguaria são água, fermento, farinha, ovos, manteiga, açúcar e sal.
https://www.cm-feira.pt/portal/site/cm-feira