sexta-feira, 24 de julho de 2009

Viagem Medieval Stª. Maria da Feira

30 de Julho a 9 Agosto de 2009






A 13ª edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, iniciativa da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira em parceria com a Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho, vai decorrer de 30 de Julho a 9 de Agosto de 2009, revivendo-se os primeiros anos do reinado de D. Afonso IV, o Justiceiro e depois o Bravo, que se destacou pelas reformas legislativas e judiciais que implementou e que duraram largos séculos.
Esta viagem ao passado permite que Santa Maria da Feira reviva, durante dez longos dias, grandes momentos de lazer, preenchidas pelo bulício dos mercadores, dos artesãos e das regateiras da feira, pelo labor dos artífices, pela arrogância dos cavaleiros que mostram a sua audácia em intensos combates, disputados em justas e torneiros, pela alegoria de personagens que vagueiam, pelo espírito de alegria que invade todo o burgo com sons e fantasias musicais que deslumbram e encantam todos aqueles que nela participam e visitam.
Com características únicas no país, este projecto diferencia-se pelo rigor histórico, dimensão (espacial e temporal) e envolvimento da população e associativismo local, reforçando uma vasta equipa de mais de mil pessoas de diversas áreas, das quais 250 em regime de voluntariado.
Centrada na recriação de episódios e acontecimentos que marcaram a história local e nacional da Idade Média, a VM começou por realizar-se no Castelo, mas rapidamente, se expandiu para todo o centro histórico e zona envolvente, ocupando actualmente uma área de 40 hectares. Recentemente, a VM foi distinguida com uma menção honrosa na terceira edição dos Prémios Turismo de Portugal, na categoria de "Animação".

Alojamento:
Hotel Feira Pedra Bela
Hotel Íbis – Europarque
Hotel Nova Cruz
Residencial dos Lóios

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reserva Botânica de Loendros (Cambarinho - Vouzela)



A Reserva Botânica de Cambarinho fica situada na povoação de Cambarinho, freguesia de Campia, concelho de Vouzela, distrito de Viseu, na vertente norte da Serra do Caramulo.
O Rhododentron Ponticumm, vulgo loendro, é um arbusto de crescimento espontâneo na Península Ibérica. Apresenta as folhas alongadas e flores vermelho violáceas de rara beleza. Prefere as zonas húmidas onde emoldura ribeiros e regatos nos meses de Maio e Junho obrigando os olhos dos visitantes a maravilharem-se num magnífico espectáculo de cor pela sua floração. Esta espécie encontrou na Serra do Caramulo e nos afluentes do Rio Alfusqueiro características climáticas e um solo propícios ao seu desenvolvimento.

Devido ao seu valor científico, educativo, turístico e paisagístico, os Loendros foram a 15 de Fevereiro de 1938 classificados com espécie de interesse público, através do Decreto Lei n.º 28468. No entanto, visto esta classificação não garantir a sua protecção foi posteriormente toda a área elevada à categoria de Reserva Botânica Integral, através do Decreto Lei n.º 364/71 de 25 de Agosto.
Recentemente viu a sua importância reconhecida já que faz parte da Lista Nacional de Sítios da Rede Natura 2000 (2.ª fase).

Sendo uma planta venenosa foi perseguida, através dos tempos, como planta indesejável nas matas e nos campos de cultivo por parte dos proprietários do gado, pois por vezes o gado ingere as folhas, originando graves perturbações nos animais e que podem levar à morte. Devido à sua rara beleza, o seu corte serve para enfeitar as ruas, edifícios e andores na altura das procissões religiosas. Servem também para a construção das “sebes” dos carros de vacas, dada a maleabilidade das suas varas para o trabalho de encanastrar.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Paço Real de Caxias (Oeiras)



O Paço Real de Caxias tem a sua origem no século XVIII, quando o Infante D. Francisco, filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuborg iniciou a construção. Com a sua morte, acaba por ser o Infante D. Pedro V a tomar posse da Casa do Infantado, a que pertencia a Quinta e a terminar as obras.
Entre 1826 (data da morte D. João VI) e 1833 o paço esteve abandonado, até que D. Miguel de Bragança o ocupa durante alguns meses. Anos mais tarde serve de residência de Verão da Imperatriz e Duquesa de Bragança. Em 1985 é celebrado protocolo entre o Estado-Maior do Exército e a Câmara Municipal de Oeiras que procedeu à recuperação, manutenção e reutilização do jardim e cascata.
Situado à beira mar, este pequeno “Jardim Le Nôtre” é bem um exemplo da sofisticada vida social do século XVIII. O principal elemento do jardim é a cascata, de várias galerias comunicantes e dispostas em trono, corada por pavilhão octogonal, tendo em plano médio o tanque de onde parte da água caía no lago e onde se salienta o conjunto escultórico de Machado de Castro. As estátuas representam uma cena mitológica, segundo a qual a Deusa Diana vinha tomar banho junto da gruta onde o seu amado pastor Endimião dormia um sono eterno. Das estátuas partiam vários jogos de água, emprestando ainda mais movimento aos figurantes deste gigantesco palco wagneriano.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Queda do Vigário (Alte - Loulé)



A Queda do Vigário é uma queda de água da ribeira de Alte, que nasce na Quinta do Freixo, junta-se com a ribeira de Algibre perto de Paderne, formando a ribeira de Quarteira. Despenha-se a pique a 24 metros de altura caindo num grande lago que se assemelha a um alguidar, num local de grande beleza natural

Esta obra terá sido feita a mandado de Duarte de Melo Ribadeneyra, 18º Senhor de Alte, nos finais do século XVII, com o objectivo de embelezar a ribeira. No entanto, supõe-se que já existisse uma queda de água mais pequena, permanente ou temporária, nesse local. Há registos, nos arquivos da Casa d’ Alte que referem que a Queda do Vigário ficou tão bem construída, que nem foi afectada com o terramoto de 1755. Outrora, este espaço era muito procurado pelos habitantes locais para passear e tomar banho, aos domingos ou em dias de festa.

O terreno envolvente à Queda do Vigário foi adquirido, a particulares, pela Câmara Municipal de Loulé em 2002, que executou, posteriormente, obras com vista à criação de acesso, zona de lazer, parque de merendas e um edifício de apoio.
O espaço sofreu remodelações recentes, tornando-o ainda mais aprazível e propicio a momentos de lazer.

O acesso a este bonito espaço faz-se, após o estacionamento, junto ao cemitério de Alte, numa descida de cerca de 300 metros.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Cheleiros (Mafra)



A freguesia é atravessada pela Ribeira de Cheleiros que é responsável pela drenagem das terras, e, em grande parte, pela respectiva fertilidade agrícola.
Toda a freguesia se estende ao longo de vales, nos quais abundam os arvoredos, principalmente os pomares e os vinhedos, que tradicionalmente constituíam a principal fonte de recursos da população. Actualmente, e de acordo com dados fornecidos pela Junta de Freguesia, estima-se que pouco mais de 50 pessoas se dediquem ainda à actividade agrícola, da qual uma grande parte é agricultura de subsistência e apenas uma pequena parte fornece os mercados da Grande Lisboa.

Restaurada pontualmente ao longo dos séculos (e mais recentemente na década de 80 do século XX), a Ponte Velha de Cheleiros - como também é conhecida - permanece como principal referência monumental e identitária desta vila. Sabe-se muito pouco acerca da ponte antiga de Cheleiros. A maioria dos autores aponta para uma origem romana, servindo a estrada que, "de Galamares, Faião e Cheleiros conduzia a Mafra". A robustez da construção, a solidez que, ainda hoje, transmite e, sobretudo, o facto de o seu arco ser de volta perfeita, amplo, e constituído por grandes silhares cuidadosamente aparelhados, são indicadores que sugerem esse passado romano, condição reforçada ainda pela ampla romanização (de carácter eminentemente rural) do actual concelho de Mafra. Existem, todavia, outros indícios que favorecem uma catalogação estilística gótica.

Do ponto de vista do património cultural, merecem ainda destaque o cruzeiro instalado na zona do Arrebalde, o chafariz centenário, o relógio de sol de mostrador quadrado situado na Igreja Matriz, o pelourinho, e a capela do Espírito Santo.
A Igreja Matriz, considerada monumento nacional, é um bom exemplo das influências manuelinas na arquitectura rural.
O vinho abafado do Carvalhal tem fama, tal como a aldeia de Broas, reminiscência de um passado retintamente saloio. Foi Vila e Concelho, com foral de 15 de Fevereiro de 1195, confirmado por D. Dinis, e novo por D. Manuel, de 1516.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Alcofra (Vouzela)



Situada na vertente norte da Serra do Caramulo, Alcofra é uma terra deslumbrante, em parte graças aos rododendros, espécie botânica de grande beleza, que entre Maio e Junho, lhe dão um magnífico colorido. O rio Alcofra sulca as suas terras, tornando-as férteis para a prática da agricultura, sendo a agro-pecuária a actividade base para a economia local.

O povoamento de Alcofra é muito remoto, não só anterior às primeiras informações documentadas, dos séculos XII e XIII, mas de épocas pré-romanas, visto que nas imediações e nas altas montanhas que circundam as várias povoações da freguesia, não faltavam fortificações castrejas. O próprio topónimo, Alcofra, indica presença árabe na região; existem duas versões para o seu significado: a primeira será “all” que significa “os”, seguido do substantivo “cafres” que significa “infiéis”, referindo-se provavelmente aos árabes que aqui passaram e que terão chamado aos habitantes da zona, infiéis, por estes serem cristãos e não aderirem ao maometismo; a segunda versão é talvez a mais lógica, pois a palavra “alcofra” existe no vocabulário árabe, e significa “algo côncavo, como uma cesta ou uma bacia” e Alcofra tem estas características, pois tem a forma de uma bacia, cercada de montes por todo o lado.

Situada em Cabo de Vila, Alcofra, é, das três torres, a que se encontra em melhor estado de conservação, o que se deve em parte à intervenção recente de que foi alvo pela Câmara Municipal de Vouzela e pelo facto de ser a construção mais tardia. A sua construção deve datar entre os séculos XIV e XV. Este tipo de construção erguia-se em locais férteis, ricos em água, em zonas de aluvião, geralmente de fácil acesso. A Torre Medieval de Alcofra insere-se nesse quadro. Implantada num vale, a torre goza de uma vista privilegiada sobre os campos de cultivo.
O acesso ao interior da Torre fazia-se por uma escada movível que alcançava a porta, situada na face sul, no primeiro andar. A preocupação defensiva, inerente a tal dificuldade, é sublinhado pelo facto de no rés do chão apenas existirem umas frestas verticais muito estreitas para arejamento do interior.
Segundo a lenda, esta torre possui um túnel que vai até ao Monte Gralheiro e que terá acoitado os soldados cristãos em luta contra os mouros.