quarta-feira, 25 de maio de 2016

Amieiro (Alijó)




Para Setembro de 2016 está previsto o funcionamento da Barragem Foz Tua. Alijó, onde situa a aldeia de Amieiro, é um dos concelhos onde a paisagem e o rio Tua se vão transformar num lago artificial com 420 hectares.
A aldeia não vai ser submergida mas parte dos seus terrenos não vão escapar em nome do progresso.
Para já, ainda é possível ver o seu casario disposto em presépio na vertente da montanha. Do seu património destaca-se a Igreja Matriz dedicada a Santa Luzia, a Capela de Nª Sra. da Conceição e a Fonte de Santo António. Existem ainda vestígios de um antigo teleférico que antigamente fazia a travessia de pessoas para a outra margem do rio, indo apanhar o comboio à Estação de Santa Luzia.
De realçar ainda o Miradouro das Fragas que permite avistar o vale do Tua, com toda a agressividade granítica que nos impressiona e fascina. Aqui terá existido um castro de defesa natural.
Os seus férteis terrenos, protegidos dos ventos norte e nordeste, propiciam o cultivo do vinho, azeite, laranja e produtos hortícolas.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Trebilhadouro - Vale de Cambra









A 625 metros de altitude, encaixada nos socalcos da Serra da Freita, a aldeia de Trebilhadouro mantém a tradicional casa rural portuguesa em pedra granítica, material que se estende aos caminhos. Décadas depois, volta a ver habitantes graças a um projecto de turismo rural que recuperou a aldeia e após ter ganho alguma visibilidade devido ao Festival Internacional de Artes e Culturas que aí decorre. Abrigada dos ventos que sopram do Norte, a paisagem é verde, rodeada de espigueiros, eiras e campos de cultivo a fazer lembrar outros tempos em que se viviam intensamente as desfolhadas.
Reza a lenda que ali foram encontradas três bilhas de ouro e essa descoberta, na linguagem popular, viria a dar origem ao topónimo Trebilhadouro. Também o espírito comunitário está patente em equipamentos como o recuperado tanque público e a fonte. A cerca de 1 km da aldeia encontram-se as gravuras de Trebilhadouro num afloramento granítico junto ao solo, ao lado de um pequeno afluente da ribeira de Fuste. Os motivos gravados incluem espirais (que chegam a ter mais de 60 cm de diâmetro), covinhas (muito numerosas e em toda a superfície), linhas (pelo menos quatro) e armas (provavelmente um machado de pedra).