terça-feira, 30 de junho de 2009

Praia Fluvial Quinta do Barco (Sever do Vouga)


Em 2006, foi atribuído a praia fluvial Quinta do Barco o galardão de acessibilidade. Um selo de qualidade da responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro). No sentido de assegurar as condições necessárias para ser reconhecida como praia acessível, a Câmara Municipal procedeu a algumas intervenções de forma a facilitar a sua utilização por todos os utentes, incluindo os com mobilidade condicionada, seja ela permanente ou temporária.
Situada na margem esquerda do rio Vouga, na Paradela do Vouga, esta praia fluvial fica inserida num cenário natural verdejante. Oferece bons serviços de apoio, incluindo um restaurante de gastronomia regional, bar e esplanada, para além de uma loja de venda de artesanato. Dispõe ainda de parque infantil, zona de merendas e balneários.
A praia artificial da Quinta do Barco é um lugar magnífico para os lazeres e os desportos radicais. Aqui pode contornar o Vouga em canoa para admirar a ponte do Poço Santiago.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pego do Inferno (Tavira)



A aproximadamente 7km de Tavira, na freguesia de Stº Estêvão, encontra-se o Pego do Inferno, em pleno barrocal algarvio.

Com o objectivo de dar a conhecer uma das zonas mais aprazíveis do concelho de Tavira, a autarquia requalificou parte da envolvente natural que enquadra a Ribeira da Asseca e respectivas quedas de água das quais se destaca o Pego do Inferno.

Durante o percurso, é possível observar-se a Ribeira da Asseca, considerada um dos cursos de água mais importantes do concelho. Outrora, local de azenhas e moinhos de trigo.

Nas margens ribeirinhas, por vezes, é possível apreciar algumas espécies faunísticas que dependem directamente de água, tal como o cágado (Mauremys leprosa) e o sapo-comum (Bufo bufo). Podem, ainda, ser vistas diversas espécies animais, tal como a lebre (Lepus capensis), o ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), e a cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Apesar da beleza de todo o percurso, o ponto alto da visita é a chegada ao miradouro do Pego, onde se pode admirar a queda de água. Este local utilizado muitas vezes como zona de banhos, não está, no entanto, designado como praia fluvial.

O acesso ao Pego do Inferno, após o estacionamento no parque, onde existe um pequeníssimo bar de apoio, faz-se durante cerca de 100 metros até se aceder a uma escadaria de madeira, começando aí o percurso propriamente dito, levando a descida até ao Pego cerca de 300 a 400 metros.
Existem algumas lendas associadas a este lugar. A mais popular e a que dá o nome de Pego de Inferno ao local é a da carroça que se despenhou no pego. Os corpos e a carroça nunca foram encontrados o que levou à crença que o pego não teria fundo e quem ali caísse iria dar directamente ao Inferno. Porém existe quem afirma que os corpos e alguns destroços da carroça foram encontrados alguns dias depois no mar o que faz com que muitos acreditem ainda na existência de túneis subterrâneos entre o pego e os Rios Gilão e Guadiana. Mas, segundo os especialistas e após alguns estudos e medições, o Pego não terá mais de sete metros de profundidade.

Acessos: o melhor é sair da Via do Infante (A22) em direcção a Tavira e logo na primeira rotunda virar para Santa Catarina. Umas centenas de metros depois surge uma pequena placa a indicar que o Pego fica para a direita. Mais uns metros e surge outra indicando para a esquerda.

domingo, 21 de junho de 2009

Moinhos de Alburrica (Barreiro)


Elevado a cidade a 28 de Junho de 1984, o Barreiro é cúmplice do Tejo e ninguém retratou o facto melhor do que o pintor Silva Porto.
Aqui se instalaram muitos moinhos de vento e de marés, para aproveitar a generosa energia dos elementos. Alguns destes moinhos ainda fazem parte do património do concelho. É o caso dos três moinhos de vento de Alburrica, edificados em 1852.
O maior ou Gigante, o central ou Poente e o último, o Nascente. Os Moinhos Nascente e Poente de tipologia comum, possuem torre cilíndrica de dois pisos, cobertura móvel e duas mós. São desactivados em 1950 e adquiridos pela Câmara Municipal em 1973. O Moinho Poente ostenta um registo votivo em azulejo dedicado a Nª Sª do Rosário.
O Moinho Gigante de tipologia holandesa foi desactivado em 1919 sendo habitado por pescadores até 1998 quando passa a Património Municipal.

Como outrora, o Barreiro mantém uma aprazível ligação às águas vastas e sossegadas do rio, fazendo parte do conjunto composto por terras de Lisboa e da "outra banda", desde há séculos indissociável numa composição magnífica entre as maravilhas da natureza e o labor dos homens.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Monção





Monção situa-se entre dois fenómenos geográficos distintos, o extenso e fértil vale do rio Minho e as escarpadas montanhas, sendo no sentido transversal, cortado por uma série de rios, ribeiros, riachos, que fertilizam a sua terra e permitem a ocupação a meia encosta. Ora, se os vales são propícios para a prática de agricultura também os terrenos de alta montanha são os ideais para a prática da pastorícia, não sendo então raros os vestígios de ocupação um pouco por todo o lado.
Deu-la-Deu Martins é um afigura lendária da história local, à qual está atribuído o feito de ter ludibriado os castelhanos numa altura em que estes impunham um cerco à vila, durante as guerras fernandinas. Para tal ter-lhes-ia lançado pães feitos com a farinha (pouca) que restava em Monção, gritando-lhes a frase “Deus lo deu, Deus lo há
dado".

Também a Festa do Corpo de Deus (festas municipais) motivam um grande interesse em todo o concelho. Tal como na Idade Média, seguem em cortejo o Boi Bento, de cornos envernizados e enfeitados de flores e fitas, o Carro das Ervas, engalanado de verdura e cheio de anjinhos, S. Jorge, fulgurante cavaleiro medieval e, a Coca, monstro que simboliza o mal. Depois da procissão, S. Jorge defronta a Coca num renhido torneio, cujas peripécias entusiasmam a multidão.
Das muralhas medievais de Monção, construídas no tempo de D. Dinis (1305 a 1308), resta apenas um trecho junto ao passeio dos Néris.As actuais muralhas resultam de uma modificação ocorrida no começo do século XVIII. São consideradas Monumento Nacional pelo decreto de 16-06-1910, tendo sido rompidas em três lados: para assento da via-férrea, para a abertura da estrada das Caldas e para a construção da estrada em direcção a Melgaço.
Na vila é de destacar a Igreja Matriz, uma igreja fundada no reinado de D. Dinis no século XIII. Com influências da arquitectura religiosa gótica, manuelina, maneirista e barroca, o seu pórtico – de estilo românico – é digno de ser admirado. No seu interior, a Capela de S. Sebastião – notável pelo seu estilo gótico – possui o jazigo de Vasco Marinho, seu fundador, secretário e confessor do papa Leão X.

O concelho de Monção oferece um vasto cardápio de paladar caseiro e gostoso que compreende, entre outros manjares, o arroz de lampreia do rio Minho, o sável e o salmão, geralmente servidos grelhados ou em caldeirada, o cabrito assado à moda de Monção, conhecido como a “Foda à Monção” e, na doçaria, as delicias conventuais das “barriguinhas de freira” e os populares papudos e roscas. O Vinho Alvarinho, nascido na Sub-Região de Monção, é personalizado e distingue-se dos demais pelo seu equilíbrio, de cor citrina, paladar leve e fresco, aroma frutado, característico e ímpar, cheio de boca, e de agradável e persistente pós de boca, sendo, pela sua originalidade, um dos melhores vinhos do mundo.

sábado, 13 de junho de 2009

Igreja e Convento Stº António dos Capuchos (Monção)




Ao longo da sua história, o Convento de Santo António (mais tarde denominado Convento dos Capuchos) foi objecto de várias adaptações e reconstruções que explicam não só os aspectos arquitectónicos peculiares, como as invulgares pinturas e inscrições aparentemente anacrónicas. Desde 1746 que se encontram referências documentais ao Convento dos Capuchos dedicado a Santo António, padroeiro dos religiosos Capuchos. O edifício apresenta características próprias do Século XVI, nomeadamente no seu claustro, bastante anterior à própria Igreja dos Capuchos (1769). O claustro, de planta quadrangular, pertenceu a outro Convento, o de São Francisco, fundado em 1563 por Freiras Franciscanas, e abandonado em meados do Século XVIII.
Após quase um século de utilização monástica, o Decreto Régio de 1834 extingue a ordem religiosa os Religiosos de Santo António da Província de Monção.
Desde então o edifício desempenhou várias funções, públicas e privadas, tendo sido utilizado, nomeadamente como escola e tribunal, além, naturalmente de habitação familiar.
A intervenção e adaptação do Convento dos Capuchos em Hotel caracterizou-se por uma pacífica convivência entre o antigo, preexistente, e o moderno, construído de novo, procurando respeitar e dar ênfase ao documento histórico e patrimonial que o Convento dos Capuchos representa.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pêgo da Rainha (Mação)

Foto de Fernando Flores

É na freguesia de Envendos que se situa uma pequena aldeia chamada Zimbreira com apenas 37 habitantes que faz as delícias dos visitantes. A sua queda de água e a pequena lagoa que se forma leva a que seja um dos espaços mais agradáveis para passear e banhos nas tardes quentes do ano. Naquele vale, onde as rochas de quartzo emolduram o local e os acessos são feitos através de estradas de terra batida pouco apetecíveis, os solavancos são desconfortáveis.
Na parte de cima da cascata, à beira do regato e debaixo da sombra fresca oferecida pelos plátanos, estão mesas compridas em madeira. São dos poucos sinais da presença humana. Para se chegar lá, não existem escadas mas rochas esculpidas pelos pés do homem que vão tomando a forma de acesso. A água brota das rochas e pode-se beber.
Já durante o ano de 2002 foram encontrados nas proximidades deste local algumas pinturas atribuídas ao período neolítico.

Como chegar: O melhor acesso rodoviário vindo de Lisboa, do Porto ou do litoral será pela A23, saindo da autoestrada na saída para Envendos. Chegando a Envendos, junto à Igreja, segue-se a placa que diz Zimbreira.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palácio da Pena (Sintra)



Sonho concretizado de D.Fernando II, a quem chamaram Rei-Artista, homem de visão plurifacetada, amador e coleccionador das artes e admirador da história e cultura portuguesas, o Palácio Nacional da Pena é a expressão arquitectónica dos ideais românticos, numa clara homenagem a um património de diferentes épocas, um espaço multifacetado, que se tornou, e também através das suas colecções, um repositório de épocas, estilos e gostos.
Edificado a cerca de 500 metros de altitude, remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885), adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete. Para dirigir as obras, chamou o Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera para construir este notável edifício. O rei consorte adoptou para o palácio formas arquitectónicas e decorativas portuguesas, ao gosto revivalista (neo-gótico, neo-manuelino, neo-islâmico, neo-renascentista) imbuído do espírito Wagneriano dos castelos Schinkel do centro da Europa e na envolvência decidiu fazer um magnífico parque à inglesa, com as mais variadas espécies arbóreas exóticas.
No interior, ainda decorado ao gosto dos reis que aí viveram, destaca-se a capela, onde se pode ver um magnífico retábulo em mármore alabastro atribuído a Nicolau Chanterenne (um dos arquitectos do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa). Merece referência também as pinturas murais em trompe l’oeil e os revestimentos em azulejo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Praia da Adraga (Sintra)



Agreste, selvagem, de um azul intenso..... simplesmente bela. O local é de uma beleza invulgar, conjugando o ambiente de montanha com o de praia.
Foi assim que a Praia da Adraga foi adjectivada por um dos jornais de referência do Reino Unido – o “Sunday Times” – , que elaborou um “ranking” das melhores praias da Europa.
Nesse ranking, realizado com base numa sondagem junto de turistas ingleses (conhecidos por serem grandes viajantes e, ainda por cima, muito exigentes), a Praia da Adraga surge em 3º lugar. Ou seja, a Adraga é, portanto, a terceira melhor praia da Europa.
O acesso à Praia é bastante sinuoso e só pode fazer-se de automóvel, através de uma estrada que desce entre montanhas, deixando a dúvida se realmente nos estamos a dirigir para uma praia. Mas, alguns minutos depois de passar Colares e Almoçageme, é com algum fascínio que, entre dois enormes montes, surge o azul do mar da Adraga. Um crescente de areia, encaixado entre altas arribas e o magnífico oceano Atlântico, esta praia pode ser selvagem e maravilhosa, oferecendo ainda excelentes condições para a prática do surf.
É, no entanto, extremamente frequentada, havendo mesmo dificuldades em termos de estacionamento, o que se ultrapassa com uma boa dose de paciência. Contudo, esta será uma boa altura para visitar este paraíso na terra, já que a maior afluência se verifica no Verão. Situada entre falésias, tem um mar considerado perigoso devido às suas correntes, no entanto por estar protegida pelas arribas não está tão exposta às fortes rajadas de vento, normais nesta área.