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O lugar estratégico que é Lindoso, esteve sempre relacionado com a defesa de passagem pela portela da Serra Amarela e pelo Vale do Cabril, e respondendo no princípio da formação de Portugal, à concepção de uma cintura defensiva ao longo da raia confinante com o reino vizinho.
Prova desta importância histórica e militar é o seu imponente Castelo, fundado nos inícios do Séc. XIII e classificado monumento nacional, hoje um interessante espaço museológico.
O soberano rei D. Dinis gostou tanto do castelo pela primeira vez que lá se deslocou, que repetiu a visita mais algumas vezes. Diz a lenda: "Tão alegre e primoroso o achou, que logo Lindoso se chamou".
A aldeia é composta por típicas casas antigas de granito, subsistindo ainda em algumas instalações agrícolas a pitoresca cobertura de colmo. Junto ao Castelo de Lindoso existe uma eira composta por 50 espigueiros dos séc. XVII e XVIII, apresentando um aglomerado único no país e de rara beleza. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre eles, repousa o espigueiro que tem uma cobertura de duas lajes de granito unidas num ângulo obtuso, ornamentado nos vértices com cruzes protectoras, que também servem para arejar o espigueiro. Alguns dos espigueiros têm dois andares.
A Citânia de Cidadelhe situa-se a 100 metros do lugar de Cidadelhe. Tratam-se de vestígios arqueológicos de uma citânia situada numa plataforma sobre o Rio Lima. Historiadores situam aqui a cidade romana de Bretalvão ou Flávia Lambria.