terça-feira, 22 de novembro de 2011

Portugal a Pé


Ao longo de dois anos (Fevereiro de 2008 a Novembro de 2010), Nuno Ferreira calcorreou o país de ponta a ponta, de Sagres a Cevide (Melgaço). O projecto "Portugal a Pé" toma agora a forma de livro e traça um retrato singular de um país quase esquecido, por vezes desconfiado, por vezes hospitaleiro. Um país que por vezes abandona as suas aldeias, enquanto, noutras, alguns lutam pela sobrevivência do seu quotidiano, artes e memória. E mostra um país repleto de belezas naturais e pessoas únicas.

Nuno Ferreira há muito que acalentava a ideia de andar por todo o país. Jornalista, tendo passado pelo "Expresso" ou "Público", já tinha sido premiado pelos seus trabalhos de viagens - casos de "Route 66, A Estrada da América", distinguido pelo Clube de Jornalistas do Porto e menção honrosa da Fundação Luso-Americana, ou "A Índia de Comboio", premiado pelo Clube Português de Imprensa. Pelo meio, outro livro com outras viagens: a partir das histórias de Pedro Faria, motorista de ilustres, escreveu "Ao Volante do Poder". O projecto Portugal a Pé acabará por ter parto natural a partir de uma retórica simples: "Se toda a gente anda a viajar e a escrever sobre todos os cantos do mundo (...), por que não revisitar o interior do meu país a pé e escrever sobre o que vou encontrando?". Pés ao caminho. E, quase sempre, longe de centros urbanos.

http://fugas.publico.pt/Viagens/297081_a-longa-caminhada-de-nuno-ferreira-por-portugal-e-agora-um-livro

Obrigado Nuno, também és uma fonte de inspiração e coragem para que este blogue continue a mostrar o país que permanece desconhecido para muitos portugueses.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

XIII Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais (17 - 20 Novembro) - Alcobaça



O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça convida-nos a viajar pelo tempo para descobrir a origem da doçaria conventual, a essência dos ovos, dos hábitos dos monges e das monjas cistercienses, até que se revelem todos os pormenores escondidos entre as delícias conventuais apresentadas na arte, que em Portugal teve origem no século XV, que consiste na confeção de bolos compostos por grandes quantidades de açúcar e gemas de ovos. Durante muitos séculos essas receitas ficaram no segredo dos deuses, mas com a abertura ao exterior, os segredos foram-se desvendando e hoje, as melhores delícias podem ser degustadas no espaço original da sua confecção. 
Toucinho do céu, barrigas de freira, ovos moles, castanhas de ovos, divina gula, pudim de azeite e mel, pão de rala, papos de anjo, pão-de-ló de Alfeizerão, queijadas, marmeladas, chocolates, bombons, biscoitos e bolachas à sua disposição na Sala dos Monges, Refeitório, Sala do Capítulo e Sala das Conclusões.
http://www.docesconventuais.com/



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré









O santuário de Nossa Senhora de Nazaré, também conhecido como o Santuário do Sítio, está ligado ao do milagre da Virgem a D. Fuas Roupinho, em 1182. Montava D. Fuas Roupinho o seu cavalo quando vê passar um vulto negro e estranho. Pensando ser um veado, perseguiu-o e o animal em desafio passa por ele uma e outra vez, o que desperta mais ainda o seu desejo de o apanhar. A perseguição torna-se feroz até que quando está prestes a apanhá-lo o cavalo pára junto a um precipício, mesmo sobre o mar. O cavalo empina-se desesperado e o veado desfaz-se em fumo. D. Fuas Roupinho clama por Nossa Senhora da Nazaré e cavalo e cavaleiro salvam-se, ficando as patas traseiras gravadas no rochedo, marca essa que ainda hoje existe. D. Fuas Roupinho corre para junto da Virgem a agradecer a protecção e promete levar a imagem para o local do milagre. Mais tarde, mandou construir a capela da Nossa Senhora da Nazaré nesse mesmo local que ficou a ser conhecido por Memória. 
No século XIV, o rei D. Fernando manda fazer obras nesse local e decide fazer um novo edifício de culto, tendo este sido ampliado nos reinados de D. João I, D. João II e D. Manuel.