Este blog serve para identificar lugares recônditos do país, tradições, sítios com história, ou simplesmente lugares naturais de uma beleza deslumbrante.
Urge preservar esses espaços para as gerações futuras afim de termos orgulho da nossa essência lusitana.
Este Festival Itinerante de Cultura Tradicional pretende potenciar a música e os instrumentos tradicionais, os arraiais e as danças mirandesas, a gastronomia local, a fauna, a flora e o quotidiano dequem resiste por Terras de Miranda. O Festival pretende, ainda, reavivar a memória do Burro, que noutros tempos constituiu um dos meios de transporte mais utilizados na região, conciliando este acontecimento, com um antigo facto histórico em que os antigos gaiteiros faziam-se transportar para as romarias montados no seu dorso. Para isso, irão ser feitos percursos/passeios ecoturísticos na companhia do Burro de Miranda por caminhos antigos, nomeadamente pelas aldeias de Atenor e Picote.
São quase trinta, os associados da Rota do Vinho do Porto que vão estar de portas abertas aos visitantes, gratuitamente e sem marcação, neste fim-de-semana, das 10h da manhã de sábado até às 19h de domingo. Casas e quintas da região duriense que, para além de proporcionarem provas de vinhos, vão também dar a oportunidade aos turistas de provarem os seus doces ou azeites. Entre as várias incursões e provas pelas várias quintas aderentes, há visitas ao armazém de envelhecimento da Quinta do Portal, em Sabrosa, edifício assinado por Álvaro Siza Vieira e que recentemente ganhou o Prémio de Arquitectura do Douro.
Passear entre os socalcos das vinhas, visitar as adegas, degustar um copo de vinho e viajar num comboio a vapor são algumas das ofertas que os turistas terão ao seu dispor .
A Região do Douro, recorde-se, é a mais antiga região demarcada do Mundo e património da humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), desde 2001.
A Feira Medieval começou em 2004 e durou apenas 3 dias. O sucesso foi tal que, de ano para ano, expandiu-se em todos os sentidos. Esta edição escolheu a temática dos "Trovadores e Jograis - cantigas de amor, amigo, escárnio e maldizer". Juntam-se taberneiros, artesãos, mercadores e comerciantes da vila. Destacam-se os dois torneios medievais, os espectáculos de aves de rapina no Terreiro, e os dois acampamentos medievais. A animação marcará também presença em todas as ruas e serão recriados mais espaços de animação, designadamente o Largo do Eterno Condenado e as esquinas das trovas em que serão declamadas as cantigas de amigos, amor, escárnio e maldizer. Pelas várias ruas, o visitante encontrará dezenas de figurantes trajados à época. Cortejo inaugural alusivo aos jograis e trovadores, música medieval, danças medievais, torneio apeado, jogos medievais, exibição de jograis, bruxa e queimada luso-galaica, treino de cavaleiros, cortejo de encerramento, são alguns dos destaques.
De realçar que o espaço das Muralhas, em frente à Igreja Matriz, vai transformar-se num Acampamento Militar e a Rua Visconde Sousa Rego, num Acampamento de Artes e Ofícios. O Largo do Turismo será transformado no Largo do Eterno Enforcado.
A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal. Segundo os investigadores, a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã que em muitos lugares do reino absorveu as primitivas festas pagãs. O ponto alto das festividades que juntava ricos e pobres sem qualquer distinção ocorria no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.
Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa. A tradição continua e muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo que tem o nome de Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne mantêm-se (desde há alguns anos a esta parte também se distribui o vinho).
A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão - dia 10 de Julho. Esta procissão de dignidade, cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas que de forma entusiástica é lançada sobre o Cortejo. O Cortejo consiste no desfile de diversos tabuleiros ornamentados, em forma de torre, construídos à base de camadas de pão e decorados com ramos de espigas de trigo, malmequeres, papoilas e verduras. No topo, o ornamento termina em forma de coroa, onde repousa uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo. Estes tabuleiros são transportados à cabeça por duas filas de raparigas que marcham pela cidade. Elas vestem vestidos brancos e faixas vermelhas e, segundo a tradição, os tabuleiros têm de ter a altura de quem os transporta e de pesar uma arroba, ou seja, cerca de 15kg. Ao lado das raparigas desfilam os seus ajudantes, homens vestidos de calças pretas, camisa branca, gravata encarnada e barrete preto de campino. À frente do cortejo, um fogueteiro abre passagem pelas ruas repletas de gente, seguido dos gaiteiros e dos tambores, atrás dos quais seguem homens com o pendor do Espírito Santo e as coroas das 16 freguesias do concelho. O fim desta festa ocorre no dia seguinte ao desfile dos tabuleiros com a refeição sagrada, consistindo na partilha de alimentos pelos mais necessitados.
É até dia 10 e tem de se aproveitar porque só se realizam de quatro em quatro anos.
Em Portugal a produção de Mirtilo está ainda pouco disseminada. Actualmente, a produção encontra-se distribuída em dois territórios distintos: sub-região do Médio Vouga e sub-região do Alentejo Litoral.
O mirtilo é um fruto silvestre com um sabor distinto, vastamente conhecido pelas suas propriedades medicinais. É um poderoso antioxidante e é conhecido por muitos como "o fruto da juventude". Habitualmente usado no tratamento de algumas infecções, este fruto ajuda ainda a retardar o envelhecimento cerebral dos doentes de Alzeimer. Além de várias vitaminas, o mirtilo é rico em sais minerais, magnésio, potássio, cálcio, fósforo, ferro entre outros elementos. Também no mundo da culinárias, assume-se como um fruto extremamente versátil, capaz de compor qualquer tipo de prato.
Quando a crise económica parece tomar conta do país, a produção deste fruto parece ser uma fonte de subsistência.