terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quinta da Bacalhôa ( V. F. Azeitão)



A denominação tradicional desta quinta, situada em Azeitão, deve-se possivelmente à alcunha de "Bacalhau" que tinha D. Jerónimo Manuel, Capitão-Mor das naves da carreira da Índia, marido de D. Maria de Mendonça e Albuquerque, herdeira da Quinta da Bacalhoa, que foi pertença de Afonso de Albuquerque, filho do vice-rei da Índia com o mesmo nome.
Foi, ainda, por mais de 500 anos, a Quinta e o Palácio da Bacalhôa um nobre domínio: primeiro na posse dos infantes da Dinastia de Aviz e posteriormente na de Afonso Brás de Albuquerque, ou Afonso de Albuquerque, filho. Porém, após a morte deste notável fidalgo, o domínio sofreu um percurso acidentado e por vezes degradante.

O Palácio e a Quinta da Bacalhôa formam só por si um monumento artístico da mais alta significação em Portugal. Foi o inicio de uma grande revolução artística chamada a Renascença. Impunham-se regras de simetria e ordem, subordinava-se o traçado do edifício a um todo homogéneo, formando como o homem, um ser único e simétrico nas suas partes. A Bacalhôa será talvez a edificação, em que se estreou em Portugal o estilo arquitectónico da Renascença, uma estreia de transição mas que também não obedece a um estilo puro.

Os seus vinhos, o Quinta da Bacalhôa e o Palácio da Bacalhôa, são dos mais famosos de Portugal. Relatos hoje históricos falavam sempre de vinhas na Quinta.
As condições edafoclimáticas da Quinta, a sua exposição suave a Norte e os seus solos, permitem uma maturação longa e completa das duas castas. Estas condições especiais marcam e personalizam o vinho aí produzido. A primeira colheita é o 1979 e logo foi considerado um dos melhores vinhos de Portugal. Desde então todos os anos é lançado um novo Quinta da Bacalhôa. Em 2000 é lançado pela primeira vez uma nova marca da Quinta, o Palácio da Bacalhôa, um “1º vinho” da propriedade que será produzido só nas melhores colheitas.

Os seus jardins e o engenhoso sistema hidráulico que os alimentavam são dos mais notáveis de Portugal. No plano estético representam um compromisso entre o gosto renascentista e a tradição portuguesa

9 comentários:

  1. Dylan :mais uma coisa linda , que eu não conheço. Agrada-me, de sobremaneira, o texto sobre a explicaçao histórica, com que acompanhas as lindas paisagens!
    Beijo de lusibero

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  2. Dá vontade de lá passar uns dias!!
    ;)

    beijinhos

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  3. Bom vamos a ver se é desta. É que depois do pc vir da oficina, só por aqui andei umas horitas e foi-se a internet. Ou seja, primeiro tinha internet não tinha pc, e depois vice-versa. Como isto é um casal muito unido um não faz nada sem o outro e daí que eu tenha desaparecido de novo.

    E a Quinta da Bacalhôa até é aqui perto. Mas eu nunca lá estive.
    Muito bom o poste.
    Um abraço

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  4. Conheço muito bem, Dylan.

    Mais uma vez certeiro na escolha dos mais belos recantos de Portugal. Por mim eras condecorado a 10 de Junho.

    Abraço

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  5. Hum... deu vontade de conhecer!

    Quiçá... um dia!

    Beijocas e obrigada pela oportunidade que me deu para conhecer o seu espaço!

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  6. Olá Dylan:

    Descobri agora o teu blogue e estou a adorar! Parabéns ! Portugal precisa de pessoas como o Dylan para mostrar o melhor do nosso país. Já coloquei um link do seu blogue.

    Eu também procuro fazer algo parecido, convidando os bloguistas a mostrarem o país mais em particular as terras/ aldeias onde vivem, nasceram , ou simplesmente conhecem.(A nossa amiga Elvira também já participou em duas edições anteriores).

    Na próxima semana vai começar uma blogagem colectiva com o tema "Festas e tradições". Eu sei que é já um pouco tarde, mas se estiver interessado em participar, envie u texto sobre o tema( max. 25 linhas) + 1 foto para aminhaldeia@sapo.pt

    até dia 8 de Agosto.

    Caso não possa, convido-o a espreitar , comentar e votar nos textos que irão participar, a partir do dia 10.

    Abraço, Susana

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  7. Que lugar fantástico,igual que vuestra riqueza vinícola, todo un privilegio para los sentidos! Um abraço desde Faro.

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  8. Estou para ir a sta Clara-a-Velha, Dylan. Vivo muito perto mas continuo a adorar o texto com que acompanhas as fotos.
    Beijito de lusibero

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  9. O seu blogue é encantador. Parabéns.

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