quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mosteiro Santa Clara-a-Velha (Coimbra)




Na margem esquerda do Mondego em frente à cidade de Coimbra, mandou D. Isabel de Aragão, em 1314, erguer o mosteiro de Santa Clara, no local do primitivo núcleo de monjas clarissas fundado em 1283 por D. Mor Dias.

Dada a proximidade do rio Mondego, a história deste espaço foi desde logo moldada pela invasão das águas. A primeira inundação ocorreu no ano seguinte ao da sagração, e a partir daí as repetidas cheias do rio provocaram o progressivo assoreamento do mosteiro, e determinaram algumas transformações no edifício. No século XVI, o claustro estava já permanentemente alagado de Inverno e de Verão.
Em 1677 dá-se a inevitável transferência da comunidade para o mosteiro de Santa Clara-a-Nova, construído mais acima, no Monte da Esperança, razão porque passou este a ser conhecido por Santa Clara-a-Velha. Este abandono e a imersão nos sedimentos e águas, ao causar o desmoronamento e ruína da estrutura claustral, permitiu também que a parte inferior se mantivesse inalterada durante os séculos seguintes, sem intervenções e acrescentos estilísticos posteriores.
Entre 1995 e 1999 procedeu-se a uma vasta campanha arqueológica, rebaixando-se o nível freático, através do bombeamento permanente das águas, para permitir uma escavação mais próxima do ambiente "seco", e que levou à desobstrução da igreja e do claustro até à cota do pavimento, pondo a descoberto as estruturas arquitectónicas até então enterradas e submersas, contribuindo com novos dados para a história da arte e da arquitectura portuguesas.

No fim de Abril deste ano, o Mosteiro reabriu ao público após um encerramento de 12 anos para a realização de obras de recuperação que custaram 25 milhões de euros, incluindo o isolamento da área das águas subterrâneas provenientes do Mondego, através de um complexo projecto de engenharia.
Os visitantes podem usufruir de um centro interpretativo, de áudio-guias e de diversos dispositivos multimédia para melhor conhecer a história do edifício e do processo de reabilitação. Concebido para o público e investigadores, o centro interpretativo consiste num edifício de mil metros quadrados, com funções museológicas, dotado de um auditório, salas de exposições, uma loja e uma cafetaria voltada para o monumento, num espaço onde o elemento água está sempre presente.

10 comentários:

  1. Caro Dylan
    1- Também este Mosteiro faz parte da minha vida, aqui brinquei e namorei, quanto ainda tudo eram umas ruínas românticas e decadentes.
    2-Realmente Cacela velha é um dos locais mais belos do nosso litoral.
    3- Tens sorte Almendra situa-se numa região fantástica. Já foste até a Estação de Almendra, junto ao Douro, a estrada é lindíssima principalmente quando as amendoeiras estão a florir? Mas é óbvio que foste. Conheces mais alguns dados sobre o Solar de Almendra?

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  2. um belo monumento que ja tive a oportunidade de ver. cumprimentos

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  3. Pois agradeço a partilha de algo que me encantou e que não conhecia a não ser de nome. Conheço muito mal a zona de Coimbra. Penso que só lá fui duas vezes. Uma dela só a caminho do hospital., e na outra de passagem, apenas parei para almoçar.
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. Sou a mais parcial das pessoas, pois acho Coimbra uma cidade belíssima....mas objectivamente, o Convento é lindo, o trabalho de recuperação é espantoso e todo o trabalho de engenharia...assombroso.

    Abraço

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  5. O meu pai muitas vezes me conta histórias de quando ele lá ia e o mosteiro ainda se encontrava soterrado.

    Bj,
    (i)

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  6. Tenho familiares em Coimbra e ainda não fomos ver esta preciosidade!...estou cheia de vergonha!
    ;))

    beijinhos

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  7. Ainda bem que se conseguiu recuperar este velho Mosteiro. O ano passado estive lá, fui passear por Coimbra, visto que há uns anos que não ia até lá.

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  8. Tengo pendiente una visita a Coimbra, despues de leer esto ya no tengo excusa.
    Saludos

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  9. Coimbra tem mais encanto com estas obras.
    Grato pelo seu precioso trabalho e tempo. Só assim conheci alguns pontos deste encantador País.
    Abraço.

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