Este blog serve para identificar lugares recônditos do país, tradições, sítios com história, ou simplesmente lugares naturais de uma beleza deslumbrante. Urge preservar esses espaços para as gerações futuras afim de termos orgulho da nossa essência lusitana.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Aldeia de Levadas (Castro Daire)
Foto de Helio - ARK
Artigo inspirado numa ideia do amigo Jotas
Em plena Serra de Montemuro, situa-se aldeia de Levadas, pertencente à freguesia de Cabril. É inteiramente constituída por casas de arquitectura tradicional, com paredes em granito e telhados em xisto. Contudo estamos numa aldeia fantasma. Aldeia fantasma pois já aqui não habita vivalma, o que transmite um encanto redobrado a esta povoação. O último habitante partiu há cerca de 8 anos.
Todo o pormenor nos enche a vista, desde a fonte ao canastro ou ao caminho murado coberto pela ramada em direcção aos moinhos. Só os geradores eólicos estragam a paisagem.
Hoje, a maior parte dos terrenos abandonados mantém um potencial turístico elevado.
Surgiram rumores de empresas interessadas em adquirir a aldeia, no sentido de a dinamizar, mas o projecto não teve pernas para andar.
FAZ-ME lembrar aquelas aldeias da SERRA DA LOUSÃ, na mesma situação...
ResponderEliminarBeijo de lusibero
Absolutamente fascinante e ao mesmo tempo triste.
ResponderEliminarEu tenho um amigo que é de Eiriz - Castro Daire :)
ResponderEliminarNão conheço, mas por conhecer alguém daí é como se o lugar ganhasse logo outra dimensão :)
Preciosa foto
ResponderEliminarApesar de morar a escassas dezenas de quilómetros, confesso que não sabia da existência desta aldeia.
ResponderEliminarFigura a partir deste momento na lista dos meus próximos destinos.
Se o abandono manteve as características da aldeia, só a presença do homem a pode salvar.
Cumprimentos.
Si me toca el Euromillón, la compro! Rehabilitaba sus casas para Turismo Rural. Parece un lugar muy especial.
ResponderEliminarLa música del cigala una pasada!!
Eu sou da aldeia mesmo vizinha e tenho familia de là. Não fiquem tristes porque aquela aldeia ainda tem quem cuide dela. Os terrenos ainda são cultivados. Aquele cantinho bonito esta como na minha infancia. A aldeia esta preservada e quem sabe talvez mais tarde os que sairam de là quando jovens voltem viver para là.
ResponderEliminarOla bom dia, desculpe a pergunta, conhece alguem que seja proprietario de uma casa nesta aldeia e que queira vender? Agradeco o seu tempo. Obrigado
EliminarQue lindo e mágico local...oxalá, como diz o anónimo, os jovens voltem, o que eu duvido e tenho pena.
ResponderEliminarBoas caro Dylan, de facto o artigo está maravilha.
ResponderEliminarÉ fabuloso, chegar ali, sentarmo-nos e limitar-nos a ouvir o mais puro som da natureza.
Soube também, que apesar de ninguém habitar aquela aldeia, os terrenos continuam a ser cultivados.
Para mim, cuja família é de uma pequena aldeia do Concelho de Castro Daire, Vilaboa, foi uma supresa e uma alegria descobrir um concelho ao fim de tantos anos a ir ali.
Nesse trajecto que fiz das Termas do Carvalhal, até a aldeia das levadas, com regresso pela serra de montemuro, passas em miradouros fantásticos, em aldeias nitidamente serranas, como Parada de Ester, é de facto um passeio que recomendo.
O próximo farei pela Serra de Freita (programada à 3 meses, mas ainda não deu) e farei ainda a rota dos rios, pelos concelhos de Castro Daire e Arouca (com especial incidência no Rio Paiva e Teixeira).
Um abraço e obrigado pela referência.
Dylan,
ResponderEliminarNão faz sentido mas vou responder-te aqui ao comentário sobre o Ramos Horta (porquê? porque sim!)
Compreendendo perfeitamente o teu ponto de vista e de facto não sei se conseguiria ter o mesmo discurso, que talvez não passe disso, caso fosse eu ou os meus, vítima de tamanhas atrocidades. Contudo, analisando assim friamente, as energias que teriam de ser despendidas num processo de retaliação, ficariam possivelmente a faltar naquilo que é actualmente crucial, a melhoria das condições de vida de um povo que se está a erguer a muito custo.
Por outro lado, a punição dos dos criminosos não iria devolver a vida aos vitimados nem aliviar o sofrimento dos que ficaram. Esta não deixa de ser a melhor bofetada de luva branca que o povo timorense pode dar à Indonésia.
Temos ainda muito que aprender com pessoas como Ramos Horta.
PS. Mais uma vez, desculpa a invasão da tua caixa de comentários com assuntos que nada têm a ver com o texto que escreveste. Podes ter a certeza que não o estou a menosprezar. Pelo contrário, fazes aqui um excelente trabalho.
Bonito registo!
ResponderEliminarFantástica!
ResponderEliminarAdoro aldeias de xisto...
beijinhos
Pena tenho eu, de não poder morar num sítio assim...
ResponderEliminar:)
Só dá vontade de ir para lá e aproveitar tanta beleza. Era um belo projecto de vida.
ResponderEliminarOlá Dylan.
ResponderEliminarÉ lindissíma esta aldeia, obrigado por nos dares a conhecer este Portugal tão belo.
Abraços
Fascinate. Mas reside lá alguém?
ResponderEliminarAbraço
.
Peço desculpa pela pergunta se residia lá alguém.
ResponderEliminarClaro que li que não residia.
Abraço
.
Obrigado a todos. Vocês inspiram-me a continuar.
ResponderEliminarConheço aldeias em condições semelhantes na serra da Lousã, mas que felizmente estão a ser integradas no projecto "Aldeias do Xisto" e a ser recuperadas... esperemos que essa aldeia também não fique esquecida pois locais assim paradisíacos que nos permitam um contacto tão puro com a natureza começam a ser raros...
ResponderEliminar... belo, mas lamentável tal abandono!
ResponderEliminarEsperemos que alguém faça o aproveitamento turístico! Pelo menos trará vida, de novo, a estas paredes outrora habitadas!
Agradeço a visita a 'fragmentos'! Espero que volte...
Primeiro, fico feliz por alguém aproveitar uma das muitas fotos que tirei a essa aldeia.
ResponderEliminarÉ simplesmente um dos meus locais preferidos do meu concelho e pelo qual tentei fazer o que pude enquanto fui funcionário da Câmara Municipal de Castro Daire. Desde levar grupos de turistas a conhecer o local, divulgar na internet, direccionar grupos de praticantes de BTT e caminhadas também para essa zona, criação de um percurso pedestre (que creio que entretanto foi criado novamente há pouco tempo), e tentativa de estabelecer alguns contactos a nível pessoal com potenciais interessados para dinamização do local (nacionais e um françês).
Não sei se o trabalho foi continuado, até porque a minha vida profissional mudou radicalmente de rumo.
Sou no entanto da opinião que é um desperdício o, aparentemente, inevitável desaparecimento da aldeia. Receio que mais tarde ou mais cedo esta aldeia passe para o domínio da arqueologia!
Olá. Não pude deixar de comentar, e contar o que aconteceu a esta "abandoanda" (infelizmente, não tão abandonada como deveria ser, porque por vezes mais vale o abandono que a mão humana): A lamentar, alguém pouco iluminado decidiu abrir uma estrada de alcatrão até ao meio desta aldeia, DESTRUINDO a sua entrada, típica e que fazia parte do seu próprio nome, "levadas". Optaram por meter o riacho que se encontrava à sua entrada numa manilha, e alcatrão em cima, desfazendo o percurso em pedras que tinhamso de fazer dentro do riacho no Inverno. Existem crimes que infelizmente ninguém é responsabilziado, e este é um deles. A inconsciência e a falta bom senso, cultura e ocnehcimento assassina o que de bom temos.
ResponderEliminarEu: Ninguém,
ResponderEliminarNão sabia disso. Lamento!
CASTRO DAIRE e não Castro de Aire!
ResponderEliminarObrigado, Carlos Teixeira. Está feita a correcção. No entanto, antigamente usava-se esta designação: Castro D'Aire.
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